HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Seis dicas para evitar
surpresas na conta da refeição
Quer
seja consumidor, quer trabalhe na restauração, leia aqui conselhos
práticos sobre como proceder em caso de desacordo sobre o preço cobrado
pela refeição.
Estas perguntas
e respostas foram escritas pelo JN com o apoio da Associação Portuguesa
de Direito do Consumo, da Associação Portuguesa para Defesa do
Consumidor e da Associação de Hotelaria e Restauração.
Que cuidados a ter?
Antes
de pedir o que quer que seja, deve perguntar qual é o preço ou
consultar a ementa. Não lhe podem cobrar mais do que esse valor. Na
ementa, o restaurante é obrigado a discriminar todos os itens vendidos e
o seu preço, bem como dizer se os preços se aplicam sempre ou só a uma
certa refeição. A ementa deve estar disponível tanto no exterior e
quanto no interior do estabelecimento.
O que fazer quando recebe a conta?
Deve
verificar que só foram cobrados os itens consumidos e que o preço
corresponde ao enunciado na ementa. Se houver erros ou falhas, peça ao
empregado que corrija o valor.
E se não houver acordo?
Se
o acordo for impossível, chame a PSP ou a GNR, já que pode estar em
causa um crime de especulação, punido com pena de prisão de seis meses a
três anos e 100 dias de multa.
.
Escreva no Livro de Reclamações e envie uma cópia à ASAE, já que nem todos os comerciantes cumprem a lei e remetem as queixas ao regulador. O que não deve fazer é sair sem pagar, já que se sujeita à acusação de crime de burla para a obtenção de alimentos.
.
Escreva no Livro de Reclamações e envie uma cópia à ASAE, já que nem todos os comerciantes cumprem a lei e remetem as queixas ao regulador. O que não deve fazer é sair sem pagar, já que se sujeita à acusação de crime de burla para a obtenção de alimentos.
O restaurante pode cobrar quanto queira?
O
restaurante decide quanto quer cobrar, desde que o inscreva na ementa,
porque os preços não estão tabelados, são livres. Poucos serão os que
cobram preços exorbitantes sem que nada o indicasse, já que se arriscam a
perder a clientela. O melhor é sempre verificar o que consta da ementa -
não poderá cobrar mais do que isso.
E se houver itens mais caros "escondidos"?
Se
a ementa tiver pratos muito mais caros, mas escritos com uma letra
pequena ou de alguma forma dissimulados, é possível que se esteja
perante uma prática visando enganar o cliente e punida pela lei que
regula as práticas comerciais desleais. Ainda, um empregado pode sugerir
um prato e o cliente até pode aceitar, mas se não estiver inscrito na
ementa de forma bem visível e com o preço, deve protestar ou chamar a
polícia. Outra situação comum é o prato do dia já ter acabado e ser
sugerida uma alternativa. Neste caso, entende Mário Frota (Associação
Portuguesa de Direito do Consumo), o cliente tem a legítima expectativa
que o preço seja semelhante.
O que fazer se for servida um Reserva?
Se
pedir um vinho e lhe for antes servida a versão reserva, o restaurante
tem a obrigação de informar da troca e do preço. Se não o fizer, o
cliente deve perguntar quanto custa ou pedir a ementa, para verificar.
Se só se aperceber da troca quando chega a conta, deve tentar chegar a
acordo (pagar o custo do vinho pedido, por exemplo) ou chamar a polícia.
Na maioria dos casos, contudo, será difícil provar quem tem razão, já
que será a palavra de uma pessoa contra a de outra. É melhor prevenir e
certificar-se que lhe é servido o que pediu.
* Grande parte das pessoas que trabalham na restauração são sérias, mas o cuidado é necessário.
* Grande parte das pessoas que trabalham na restauração são sérias, mas o cuidado é necessário.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário