HOJE NO
"OBSERVADOR"
Pedidos de asilo a Portugal
aumentaram 64% em 2016
A ministra da Administração Interna disse que o número de pedidos de asilo a Portugal por parte de refugiados aumentou 64% em 2016 em relação ao ano anterior.
A ministra da Administração Interna disse esta quarta-feira que o
número de pedidos de asilo a Portugal por parte de refugiados aumentou
64% em 2016 em relação ao ano anterior.
Constança Urbano de Sousa
falava durante um almoço organizado pela Câmara de Comércio e Indústria
Luso-Espanhola com empresários, sublinhando que a proteção dos
refugiados é um dever civilizacional e humanitário que teve um enorme
apoio da sociedade portuguesa.
Fruto da grande crise de refugiados que assolou a Europa, Portugal também registou um aumento muito significativo de pedidos de asilo em 2016 com um aumento de 64% face a 2015, o que resulta no maior número de solicitações dos últimos 15 anos”, referiu.
Este
aumento está relacionado com a pressão migratória de refugiados na
Europa e necessita de um “esforço coletivo” para proteger as pessoas que
fogem da guerra e das violações dos direitos humanos.
.
“Enquanto país, podemo-nos orgulhar de prosseguirmos uma política de participação muito ativa
e empenhada na implantação desta política Europeia, baseada nos valores
da solidariedade, através dos mecanismos de recolocação de refugiados a
partir da Grécia e da Itália, mas também através da reinstalação a
partir de países limítrofes à Europa”, sublinhou Constança Urbano de
Sousa.
Dados da Comissão Europeia indicam que Portugal recebeu
1.415 refugiados, provenientes da Grécia e de Itália, até dia 4 de
setembro e desde o lançamento do mecanismo de emergência para a
recolocação de pessoas há dois anos.
Segundo o 15.º relatório
sobre os programas de recolocação e reinstalação de pessoas, Portugal
recebeu 1.116 refugiados transferidos da Grécia e de Itália chegaram
299. Faltam ainda chegar a Portugal 1.536 pessoas para se cumprir a
quota de 2.951 atribuída.
No total, à data de 4 de setembro, foram
recolocadas 27.695 pessoas na Europa (19.244 a partir da Grécia e 8.451
a partir de Itália), num programa em que, além dos 28 Estados-membros,
participam ainda a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça.
* Fazermos bom acolhimento a pessoas que fogem da morte só nos dignifica.
.
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