ESTA SEMANA NA
"LUX WOMAN"
"LUX WOMAN"
O amor nos tempos de Salazar
Teatro para adultos.
É na Pensão Amor, em Lisboa, que estreia hoje, 7 de julho, a peça ‘Alice no País dos Bordéis’, com os atores Sofia de Portugal e Francisco Beatriz, com encenação de Sofia de Portugal.
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Esta, a primeira peça criada por Roger Mor, surge da pesquisa histórica do autor para a criação do MEL, o Museu Erótico de Lisboa, e não é recomendado a adultos sensíveis à crueza da realidade. Já quem tiver uma mente mais aberta poderá descobrir um espetáculo intimista, de apenas 25 minutos, sobre a prostituição nos tempos de Salazar.
Como explica o autor, Roger Mor, em comunicado, “a 19 de setembro de 1962 Salazar proíbe a prostituição,
ordena o fecho dos bordéis e acaba com o estatuto das matriculadas em
Portugal (o exercício da profissão era legal desde que a meretriz
fizesse inspeções médicas semanais e tivesse a prova na sua cédula).
Desde 1949 que se tentava impor a proibição, mas a lei
aprovada nesse ano não surtira qualquer efeito e só em 1962, depois de
muita pressão da igreja, o Estado Português, com o decreto-lei 44579,
decide acabar com a mais velha profissão do mundo. Começa um alvoroço nos bordéis e o medo instala-se.”.
“Mas Alice, conhecida como a Louca, devido ao seu comportamento imprevisível, vê nesta mudança uma oportunidade e decide dar um novo rumo à sua vida.
Os segredos da má-vida de Alice vão deixar muitos de boca aberta, mas a
sensual meretriz depressa vai ensinar como a fechar para que algo mais
rentável se abra. Mistério, intriga, crime e paixão num discurso arrebatador que ajuda a viajar até à Lisboa dos anos 60 e a conhecer algumas das incríveis histórias das meninas que habitaram a mais amorosa das pensões.”, acrescenta Roger Mor.
O autor refere ainda que “os mais corajosos podem ir mais fundo e aceitar o convite de Alice para a sua sala secreta (sessões especiais com jantar de degustação) onde Alice ensina a fechar as pernas e a abrir a boca para descobrir o verdadeiro sabor da vida”.
* Uma curiosidade interessante.
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