HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
SIRESP.
"Estudo independente" pedido
a Instituto que integra acionista
O Instituto de Telecomunicações, ao qual o governo pediu um estudo sobre o SIRESP, é uma organização privada
A
Altice (antiga PT-Portugal Telecom), acionista com 30,55% das
participações do SIRESP, SA é associada e faz parte dos financiadores do
Instituto das Telecomunicações, entidade à qual a ministra da
Administração Interna pediu um "estudo independente" sobre o desempenho
da própria operadora de comunicações de emergência.
.
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Num
comunicado oficial, no passado dia 26, intitulado "MAI exige respostas
rigorosas ao funcionamento do SIRESP" no incêndio de Pedrógão Grande, em
que morreram 64 pessoas, Constança Urbano de Sousa anunciou que havia
determinado um estudo independente ao funcionamento do SIRESP (Sistema
Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) e uma
auditoria pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à
Secretaria-Geral da Administração Interna, responsável pela gestão do
SIRESP.
A ministra decidiu "adjudicar"
ao Instituto de Telecomunicações "a elaboração de um estudo independente
sobre o funcionamento do SIRESP em geral, e em situações de acidente
grave ou catástrofe, em particular". Este Instituto, conforme se pode
ler na sua página oficial, é uma "organização privada sem fins
lucrativos, de interesse público" que assenta numa "parceria entre nove
instituições com experiência da investigação e desenvolvimento no campo
das telecomunicações".
Entre os parceiros e financiadores, também apresentados no site,
estão várias instituições universitárias, como o Instituto Superior
Técnico, o ISCTE, as universidades de Aveiro, Beira Interior, Coimbra e
Porto, bem como duas grandes empresas de telecomunicações: a Nokia e a
Altice, que é a segunda maior acionista do SIRESP, SA.
Na
sequência das explicações que a governante tem pedido aos diversos
organismos sob a sua tutela, como a Autoridade de Proteção Civil, a GNR e
a Secretaria-Geral do MAI, têm vindo a público relatórios
contraditórios sobre as responsabilidades das falhas detetadas na
resposta ao incêndio.
* Desde que é ministra temos evidenciado respeito por Constança Urbano de Sousa, acreditamos piamente na sua comoção quando confrontada com a tragédia, mas, ora bolas minha senhora, o IT é tudo menos uma entidade independente, aconselhamos a mudar de acessoria, um nabal completo.
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