HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Médicos de Coimbra operam
crianças refugiadas na Jordânia
Uma
equipa médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC),
liderada pelo cirurgião cardiotorácico Manuel Antunes, parte no sábado
para a Jordânia onde prevê realizar mais de dez cirurgias em crianças
refugiadas sírias.
"É a
primeira vez que estamos em missão num país fora da nossa língua",
salientou à agência Lusa o diretor do Centro de Responsabilidade
Integrado de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC, que conta com uma vasta
experiência em missões em Moçambique e São Tomé e Príncipe, por exemplo.
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Até
ao dia 28, data de regresso a Portugal, a equipa médica de Coimbra
prevê operar "entre 12 a 15 crianças", de uma lista de 21, com idades
entre os 07 meses e os 2/3 anos, num grupo que inclui também uma de
cinco e outra de oito anos.
Trata-se de
uma missão da Cadeia Esperança Portugal, uma organização
não-governamental (ONG) com sede no CHUC, promovida e apoiada pela União
Europeia, no âmbito de um convite da congénere francesa, que tem um
projeto em Amã, capital da Jordânia, destinado a tratar crianças
refugiadas sírias, sobretudo nas áreas da cirurgia cardíaca e ortopedia.
Segundo
Manuel Antunes, que preside à Cadeia Esperança Portugal, as crianças
que vão ser sujeitas a intervenção cirúrgica numa clínica privada sofrem
de malformação cardíaca congénita e foram selecionadas por um
cardiologista que as acompanha.
"As
crianças são detetadas nos campos de refugiados por médicos que fazem
clínica geral e depois são indicadas para um cardiologista local, que,
com treino e prática de muitos anos no Reino Unido, faz essa seleção",
explicou.
Quando chegar, a equipa
liderada pelo cirurgião do CHUC vai reunir com o cardiologista que
acompanha as crianças e a equipa "vai ver os 21 doentes e selecionar os
que forem mais urgentes e que puderem ser operados".
A
equipa é constituída por nove elementos: dois cirurgiões, um
cardiologista pediátrico, um anestesista, um técnico de perfusão, uma
enfermeira de sala de operações e três enfermeiros de unidade de
cuidados intensivos.
"É uma missão
especial porque é a primeira vez que nos aventuramos num país fora da
nossa língua e por se tratar de crianças refugiadas sírias, que é um
tema muito atual", sublinhou Manuel Antunes.
O
cirurgião adiantou ainda à agência Lusa que, no final de outubro e
início de novembro, a Cadeia Esperança Portugal vai realizar a sua
missão anual em Moçambique, onde ajudaram a construir o Instituto do
Coração.
NO final da missão de 2014 a
Moçambique, o CHUC anunciou que foram realizadas, em duas salas
operatórias, 18 intervenções cirúrgicas em 18 doentes", tendo sido, "à
semelhança das missões anteriores", a maior parte das cirurgias efetuada
em 16 crianças e doentes jovens, "com valvulopatias reumáticas, com
maior incidência da válvula mitral, tendo dois dos doentes agora
operados sido previamente submetidos a intervenção cirúrgica cardíaca".
* Esperança Portugal cheia de generosidade
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