ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Associação da inspeção tributária responde a
procuradora-geral da República
sobre Operação Marquês
procuradora-geral da República
sobre Operação Marquês
Joana Marques Vidal tinha responsabilizado inspeção tributária pelo adiamento da saída da acusação da Operação Marquês.
A APIT – Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária
e Aduaneira lamenta, num comunicado assinado pelo seu presidente, Nuno
Barroso, e difundido este sábado, «que possa existir a tentação, em
alguns vetores da sociedade portuguesa, por vezes dentro de algumas das
suas estruturas, de procurar fragilizar a inspeção tributária e
Aduaneira e com isto as próprias investigações, pretendendo retirar-lhes
essas competências e minar o seu trabalho».
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JOÃO ARAUJO
UM GRANDE ADVOGADO |
A APIT alega que «os inspetores tributários e aduaneiros têm a melhor
qualificação técnica e cientifica e estão devidamente habilitados,
enquanto Órgão de Policia Criminal, para com orientação do Ministério
Publico, proceder à investigação da Criminalidade Tributária e
Económico-Financeira em Portugal, e isso tem ficado bem patente no
contexto nacional nos últimos anos (como são o caso das Operações
Furacão e Monte Branco)», acrescentando ainda que, «não fora a grande
capacidade, a experiência e profundo conhecimento da Inspeção Tributária
e aduaneira nesta matéria, e talvez estes processos não tivessem
atingido a dimensão e relevância que hoje se constata».
Joana Marques Vidal lançara uma forte acusação à Inspeção Tributária,
ao falar em «insuficiência dos relatórios de análise de prova,
apresentados pelo órgão de polícia criminal, em relação a alguns
segmentos», circunstância que «obriga o Ministério Público a realizar
pesquisas na totalidade do acervo de prova, o que tem dificultado a
elaboração do despacho final nos segmentos em questão.»
A APIT justifica-se defendendo estarmos «perante um processo de uma
complexidade ímpar, extraordinariamente exigente na obtenção e produção
de prova, de dimensão internacional, talvez o maior processo no qual se
investigam suspeitas da prática de crimes de corrupção, fraude fiscal e
branqueamento de capitais, alguma vez realizado em Portugal.»
* Entendemos as dificuldades à medida que se vão encontrados mais buracos e mais minhocas, mas este caso arrasta-se há anos não pode ser uma investigação sem fim, que facilitará a actuação do excelente advogado de José Sócrates.
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