23/03/2017

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HOJE  NO  
"DESTAK"


Brinquedos ligados à Internet 
podem afetar privacidade
e segurança das crianças

A privacidade e segurança das crianças e famílias pode estar em causa com a proliferação de brinquedos ligados à internet, alerta um relatório do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia, hoje divulgado. 

No documento, o Centro defende a necessidade de monitorizar e controlar a emergente “Internet dos brinquedos” e destaca como principais áreas de preocupação a segurança e a privacidade, tendo em conta que há novos brinquedos que podem gravar, armazenar e partilhar informações sobre as crianças. 
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Grande número de brinquedos conectados foram postos à venda nos últimos anos, devendo o volume de negócios deste novo segmento de mercado chegar aos 10 mil milhões de euros até 2020, contra 2,6 mil milhões em 2015. 

A “Internet dos brinquedos” surge sob diferentes formas - desde relógios inteligentes a ursos de peluche que interagem com as crianças. Estão ligados à internet e, em conjunto com outros aparelhos formam a “internet das coisas”, levando a tecnologia para a casa das pessoas como nunca antes. 

Uma equipa de cientistas do Centro e especialistas internacionais analisou as questões de segurança e privacidade e ligadas à socialização decorrentes da ascensão da “internet dos brinquedos”. E convida, no relatório, os decisores políticos, a indústria, os pais e os professores a estudar a questão em profundidade, para proporcionar uma estrutura que garanta que esses brinquedos são seguros e benéficos para as crianças. 

Na área da robótica, diz-se no documento, são cada vez mais os brinquedos robóticos ou com inteligência artificial, embora ainda se saiba pouco sobre as consequências da interação dos mais jovens com os brinquedos robóticos, sendo possível que representem uma oportunidade mas também um risco para o desenvolvimento cognitivo, socio-emocional e desenvolvimento moral e comportamental. 

Parecendo certo que podem por exemplo ajudar na aprendizagem de línguas estrangeiras, ou em casos como o autismo, pode ser também certo que podem aumentar o risco de “bolhas educacionais”, onde as crianças só recebem informação que se ajustam aos seus interesses pré-existentes, como acontece na interação dos adultos nas redes sociais. 

Outra questão levantada pelo relatório diz respeito à forma como os dados recolhidos pelos brinquedos são analisados, manipulados e armazenados, que, diz-se no documento, não é transparente e representa uma ameaça emergente para a privacidade das crianças. 

* Esta notícia deve constituir um alerta para os pais.

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