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Portugal desceu para 77.º no Índice de
.Liberdade Económica de 2017
.Liberdade Económica de 2017
Portugal
caiu 13 posições para o 77.º lugar no Índice de Liberdade Económica de
2017, segundo o relatório anual da Heritage Foundation, justificando que
as reformas "perderam impulso".
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O índice de Liberdade Económica de 2017 analisa 186 economias, enquanto o relatório de 2016 considerou um total de 178.
"Portugal
continua a enfrentar desafios que exigem um ajuste urgente da política
económica. As reformas anteriores, que ajudaram a modificar e
diversificar a base produtiva da economia, perderam impulso", refere o
relatório divulgado na quarta-feira pela fundação sediada em Washington,
nos Estados Unidos.
Portugal surge
classificado entre o grupo das economias "moderadamente livres", com
62,6 pontos, menos 2,5 pontos em relação ao Índice de Liberdade
Económica de 2016, em que estava listado na 64.ª posição.
Segundo
a Heritage Foundation, "apesar dos sólidos contextos institucionais,
como um quadro empresarial eficiente e um sistema judicial independente,
o setor público endividado e ineficiente desgastou o dinamismo do setor
privado e reduziu a competitividade global da economia" portuguesa.
"As
prioridades da reforma incluem a redução dos défices orçamentais que
elevaram o nível da dívida pública a mais de 100% do PIB e aumentaram a
flexibilidade do mercado de trabalho. No entanto, o ritmo da reforma
diminuiu. O sistema bancário continua fraco", acrescenta.
O
relatório refere que o "governo anti-austeridade" liderado por António
Costa "atrasou as reformas económicas, causando atritos com a União
Europeia e com o Fundo Monetário Internacional".
"A
adesão a uma rigorosa disciplina orçamental permitiu que Portugal
ultrapassasse o pior da crise económica, mas o crescimento abrandou e
Portugal não cumpriu a meta de redução do défice mandatada pela UE. O
desemprego é elevado, especialmente entre os jovens portugueses, muitos
dos quais mudaram-se para o estrangeiro para trabalhar", acrescenta.
Portugal
surge, no entanto, acima da pontuação média mundial, que é de 60,9
pontos e é referida como a "mais alta registada nos 23 anos de história
do Índice".
Em 2014 Portugal ocupava a
69.ª posição no Índice de Liberdade Económica e passou o 64.º lugar em
2015, uma posição que manteve no ano passado, graças a "reformas
estruturais", como a redução do setor público e o regresso aos mercados,
indicou a Heritage Foundation.
Publicado
desde 1995, em parceria com o Wall Street Journal, o Índice de
Liberdade Económica coloca Portugal na 33.ª posição no conjunto de 45
países da Europa, sendo que não está disponível a informação sobre o
Liechtenstein. Em 2016 surgia na 30.ª posição entre os países europeus.
A
evolução das mais de 180 economias é classificada em função de dez
variáveis englobadas em quatro grupos: Estado de Direito, dimensão do
Governo, eficiência ao nível da regulação e criação de novos negócios.
Este
ranking é liderado há 23 anos consecutivos por Hong Kong, que em 2017
mantém o título de "economia mais livre" a nível mundial.
O
ranking distribui os países por cinco secções: "livres" (80 a 100%),
"quase livres" (70 a 79,9%), "moderadamente livres" (60 a 69,9%),
"maioritariamente não livres" (50 a 59,9%) e "reprimidos" (40 a 49,9%).
* Quando a Heritage Foundation diz que Portugal tem um quadro empresarial eficiente entende-se que os seus quadros percebem pouco do que escrevem. 90% do empresáriorismo nacional tem comportamentos medievais.
* Quando a Heritage Foundation diz que Portugal tem um quadro empresarial eficiente entende-se que os seus quadros percebem pouco do que escrevem. 90% do empresáriorismo nacional tem comportamentos medievais.
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