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Refugiados chegam a Portugal e voltam a sair.
“Sentem-se perdidos”
Dos 957 que o país recebeu, com o acordo com a União Europeia, mais de 200 saíram novamente de Portugal. A Comissão Europeia pretende prevenir estes movimentos.
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Dos 957 refugiados que o país recebeu há dois anos, com o acordo com a
União Europeia, mais de 200 saíram novamente de Portugal. O fenómeno
não é novo e tem afetado vários Estados membros da União Europeia, no
entanto, só nos últimos dois meses mais de cem refugiados abandonaram o
território nacional.
Os números foram divulgados pelo “Diário de Notícias”, este
sábado, que contactou fontes da Comissão Europeia para as Migrações para
perceber o que está a ser feito para os controlar. “Foram indicadas aos
Estados membros medidas para prevenir estes movimentos”, explicou ao DN
o porta-voz.
As entidades que estão responsáveis pelos refugiados, entre as
quais o Conselho Português para os Refugiados, o Serviço Jesuíta aos
Refugiados e a Câmara Municipal de Lisboa, contabilizaram até agora 219
fugas oficiais, num universo de 680 que haviam recebido. Já o Governo
português não admite que os números sejam tão elevados e adianta que não
existem falhas no processo de integração dos migrantes no país.
O director do Serviço Jesuíta aos Refugiados, André Costa, assegura
ao matutino que os migrantes não abandonam o país por “confronto” a
Portugal. Porém, saem devido a ter planeado construir a sua vida no
norte da Europa. “Não sentem hostilidade pelo nosso país. Sentem-se
perdidos”, afirma.
* As afirmações de André Costa fazem sentido, os grandes "paraísos" de acolhimento são países do norte europeu, de Portugal conhecem o Cristiano Ronaldo e sabem que ele é emigrante.
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