HOJE NO
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A vida no IPO de Lisboa
em cadernos de desenhos
‘Urban Sketchers’ passaram duas semanas no Instituto
Português de Oncologia para capturar o quotidiano. Mostra de desenhos
arranca este sábado e assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.
Leilão vai ajudar Unidade de Transplante de Medula
A exposição chama-se “a condição humana” e quer retratar isso mesmo: a
vida normal, alegre e triste, dos doentes, dos familiares e de quem
trabalha no IPO de Lisboa.
Em janeiro do ano passado, membros do movimento Urban Sketchers
Portugal passaram duas semanas no Instituto Português de Oncologia a
registar o dia-a-dia, as pessoas e os lugares tantas vezes ensombrados
de más memórias, mas onde também há boas notícias.
É o resultado desse trabalho que dá corpo à mostra, que inaugura este
sábado – assinalando o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro – e que
estará patente até 18 de março.
A marcar a abertura ao público, mas também a data, haverá um leilão de alguns desenhos pelas 17h30.
A base de licitação de 59 trabalhos originais, oferecidos pelos
autores ao IPO de Lisboa, varia entre os 20€ e os 140€ e o dinheiro
angariado vai ajudar a financiar as obras previstas para este ano na
Unidade de Transplante de Medula, que passará de sete para 12 quartos.
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A UTM, como é chamada esta unidade onde os doentes têm de permanecer
isolados no período do transplante, assinala em 2017 os 30 anos.
Nas próximas semanas estarão expostos mais de 68 desenhos de 34
autores no IPO de Lisboa. A mostra pode ser vista no corredor do 3º piso
do Pavilhão Central do IPO e abre ao público às 10h00 do dia 4 de
fevereiro.
A exposição está organizada em quatro áreas temáticas: nós e os doentes; por dentro do IPO; tecnologias; arquitetura e jardins.
Em comunicado, o IPO de Lisboa sublinha que esta residência artística
dos urban sketchers procurou retratar a complexa dinâmica hospitalar.
“Da cozinha à limpeza, da esterilização aos laboratórios, passando pelo
bloco operatório, enfermarias, unidade de cuidados intensivos e unidade
de transplante de medula, da biblioteca ao espólio histórico, parque de
ambulâncias, salas de espera e tantos outros lugares com história e
histórias narradas nos diários gráficos dos artistas”, descreve a
organização.
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“Do labor desses dias resultaram mais de cem desenhos sobre o ser
humano nas suas diferentes faces e múltiplas dimensões. Conhecimento,
humanidade, tecnologias, perseverança, confiança e esperança. Mas também
a ideia da finitude, a impotência, a fragilidade, o sofrimento, a dor e
o temor. A condição humana sempre.”
Para organizar a exposição, o IPO de Lisboa contou com a ajuda do
Museu da Marinha, que emprestou vitrinas para a exposição dos desenhos. A
Pinkplate Artes Gráficas imprimiu os desenhos em painéis de PVC e a CIN
facultou as tintas para a pintura do espaço.
* É fundamental sermos solidários.
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