HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
PCP-Madeira denuncia “práticas de repressão e assédio moral, sobre trabalhadores na PT Portugal”
Numa
iniciativa que hoje teve lugar junto aos call-centers da PT, o
dirigente regional do PCP, Ricardo Lume denunciou aquilo que o partido
entende ser uma situação grave.
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“O PCP tomou conhecimento de uma
situação grave, na Região Autónoma da Madeira, de inaceitáveis pressões,
configurando práticas de repressão e assédio moral, sobre trabalhadores
na PT Portugal. Relatos concretos que nos foram transmitidos dão conta
de situações verdadeiramente inaceitáveis. Ao exigir acordos para
rescisão de contrato, ao alterar as funções de muitos dos trabalhadores,
na maior parte dos casos que configuram autênticas desqualificações
profissionais, ao alterar os habituais locais de trabalho, ao colocarem
trabalhadores sem funções, a Altice e os seus representantes de gestão
do Comité Executivo, estão a criar um clima de intimidação sobre os
trabalhadores”, explica o comunista.
“Actualmente, o número de
trabalhadores sem funções, ou de funções não compatíveis com a
qualificação profissional dos trabalhadores aumentou, o objectivo é o
caminho para a rescisão forçada (ou seja despedimento encapotado). A
pretexto de ‘ajustar os custos às receitas’, têm vindo a ser impostas
uma série de medidas e alterações organizativas dos recursos humanos,
principalmente na mobilidade geográfica e funcional, que gera apreensão e
instabilidade nos trabalhadores, um exemplo claro foi o que aconteceu
na Região com a extinção do departamento dos recursos humanos,
concentrando todas as suas competências num só departamento de recursos
humanos nacional, que é autista em relação às realidades regionais e tem
como principal objectivo substituir vínculos de trabalho efectivos, por
vínculos precários ou pela contratação de empresas de prestação de
serviços”, adiantou Ricardo Lume.
Importa recordar que “a acção
que foi desenvolvida pelos trabalhadores e as suas estruturas
representativas, garantiu que alguns trabalhadores fossem retirados do
famigerado programa ‘GMA/Gestão de Mobilidade Activa’. No entanto, as
práticas que estão agora a ser seguidas na empresa traduzem um evidente
retrocesso que merece as maiores preocupações”.
Tendo em conta
esta realidade, o Grupo Parlamentar do PCP já questionou o Governo
Regional sobre esta situação, através das seguintes perguntas: “Que
conhecimento tem o Governo Regional sobre esta matéria? Que
acompanhamento está a ser feito à situação da PT Portugal e dos seus
trabalhadores? Que medidas serão tomadas face a este relato de práticas
de intimidação, pressão e assédio moral sobre os trabalhadores?”.
E
diz que “não basta o Governo Regional avançar com números relativos ao
aumento das intervenções da Inspecção de Trabalho, é necessário combater
estas práticas de intimidação, repressão e assédio moral feitas aos
trabalhadores em geral e em particular aos da PT”. “Podemos estar
perante um Governo Regional que é exigente com os pequenos e mais
fracos, mas permissivo (no que diz respeito aos atropelos as leis
laborais), com os grandes e poderosos como é o caso da PT”, conclui.
* O problema do tecido empresarial português é ser menos habilitado que os empregados e ser titular de comportamentos medievais.
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