HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Decreto de Trump impede realizador
.iraniano de ir aos Óscares
Asghar
Farhadi, realizador do aclamado filme "O Vendedor", que está nomeado
para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, não vai poder estar presente
na cerimónia dos prémios
O
realizador, que fez história em 2012 quando o seu filme a separação foi o
primeiro filme iraniano a vencer um Óscar, é natural do Irão, um dos
países cujos nacionais estão proibidos de entrar nos EUA. Asghar Farhadi
já confirmou que não vai poder estar presenta na cerimónia para dar a
cara pelo filme que realizou. "O Vendedor" conta a história de um
professor (Shahab Hosseini) que enceta uma vingança após a sua mulher
(Taraneh Alidoosti) ser atacada no apartamento do casal.
.
Entretanto,
uma família iraquiana foi impedida hoje de voar do Cairo para Nova
Iorque após o Presidente norte-americano ter assinado um decreto
proibindo a entrada no país de cidadãos de sete países muçulmanos,
indicaram responsáveis do aeroporto.
O
casal com dois filhos, que tinha reservado bilhetes num voo da companhia
EgyptAir e possuía vistos para os Estados Unidos, foi informado de que
não podia embarcar devido às novas regras em vigor, disseram os
responsáveis à agência France Presse.
A
Casa Branca anunciou na sexta-feira ter proibido durante três meses a
entrada de cidadãos de sete países muçulmanos: Irão, Iraque, Líbia,
Somália, Sudão, Síria e Iémen. As exceções são os cidadãos com vistos
diplomáticos e oficiais e os que trabalham para instituições
internacionais.
O Presidente, Donald
Trump, justificou a controversa medida, muito criticada pelos democratas
e por organizações de defesa dos direitos cívicos e dos direitos
humanos, com o argumento de que visa lutar contra os "terroristas
islâmicos radicais".
Segundo um
responsável da EgyptAir, a empresa não foi oficialmente informada das
novas regras e o seu 'site' não atualizou a informação relativa às
viagens para os Estados Unidos.
A
família iraquiana foi barrada depois de um manifesto do voo ter sido
enviado para o aeroporto Kennedy em Nova Iorque, que em resposta deu
instruções para ela não embarcar.
A
Qatar Airways, uma das maiores companhias aéreas do Médio Oriente,
informou no seu 'site' que os cidadãos daqueles sete países podem viajar
para os Estados Unidos se tiverem uma autorização de residência
permanente.
* Os americanos escolheram para presidente um facínora, irão pagar por isso.
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