26/12/2016

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HOJE NA
"GERINGONÇA"

Responsáveis admitem: imposto sobre
. imóveis de luxo não afasta investidores

2016 está a ser um ano excelente para o setor imobiliário. Segundo dados divulgados na semana passada pelo INE, nos primeiros 9 meses do ano venderam-se mais de 10 mil milhões de euros em imóveis, havendo, em média, 350 casas vendidas por dia em território nacional.
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Só no 3º trimestre foram transacionadas 31 535 habitações, num total de 3,6 mil milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 15,8% face ao mesmo período do ano anterior. Se considerarmos só a Área Metropolitana de Lisboa, foram 
vendidas em média 119 casas por dia nesse trimestre.

Mas se alguns alegavam que em 2017 tudo iria mudar à conta da entrada em vigor do adicional do IMI, hoje já reconhecem que a tendência irá manter-se.

Luís Lima, presidente da APEMIP — Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação de Portugal, reconhece que a percentagem de vendas afeta a estrangeiros, cerca de 23% em 2016, deverá manter-se em 2017. Embora persista em falar do adicional do IMI como “asneira”, Luís Lima admite que “Portugal está na moda e assim deverá manter-se no próximo ano.”

Para João Magalhães, director da Predibisa, uma consultora imobiliária do Porto, o frenesim de negócios imobiliários que visam aproveitar o grande potencial do turismo deverá continuar em 2017, sublinhando que a reabilitação vai continuar em força “desde a zona dos Aliados, o eixo Sá da Bandeira aos Clérigos e toda a zona de Mouzinho da Silveira/Flores até à Ribeira”.

Já Francisco Grácio, administrador da PortugalRur, empresa de mediação imobiliária especializada na promoção e venda de imóveis rurais exclusivos e imóveis de luxo, revela ao Jornal Económico que as suas perspetivas, não apenas para 2017, mas para os próximos três anos, são as melhores. Para o administrador, o adicional ao IMI não terá consequências relevantes nestes negócios porque “muitos dos investidores, particulares ou empresariais, são estrangeiros e têm nos seus países cargas fiscais ainda mais elevadas, o que, de alguma forma, pode servir para relativizar esse impacto negativo”.

* Nem diabo, nem reis magos, passos ridículos do sr. Coelho, nem  chave de ouro do deslumbrado sr. Costa.

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