HOJE NO
"RECORD"
Frederico Morais:
«Tenho a certeza que muita gente
achava que era impossível»
O português Frederico Morais assegurou a qualificação para o circuito
mundial de surf, 17 anos depois de ter enviado uma fotografia para uma
revista da especialidade a apresentar-se e a prometer dar que falar.
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"Olá.
Meu nome é Frederico Morais, tenho sete anos e ainda vão ouvir falar
muito de mim", este era o texto, escrito pela mãe, que acompanhava a
fotografia enviada para a SurfPortugal, num prenúncio para o sucesso
agora alcançado.
"Naquela
altura acho que ainda não tinha sonhado com isto, há uns dias voltei a
ler a carta e desatei a rir, foi um momento único. Acho que naquela
altura sentia que tinha uma força especial, um querer levar Portugal às
bocas do mundo e acho que o consegui em 2016", afirmou Frederico Morais,
agora com 24 anos, em entrevista à agência Lusa.
Em 2017, Kikas vai ser o segundo luso a integrar a elite do surf mundial, depois de Tiago Pires, cumprindo um sonho alicerçado na ambição que lhe foi conferida pela família.
"Acho que [a carta] traduz muito bem os valores que a minha família me deram. Ontem [na quarta-feira] vi um vídeo que o meu tio [Tomaz Morais, antigo selecionador nacional de râguebi] me fez e ele dizia que, quando jogava râguebi no Cascais com o meu pai, eu ia para os balneários e para as festas em 'maxi cosi' [cadeira de transporte de crianças], sempre de um lado para o outro. Acho que esse espírito de guerreiro, de sacrifício, foi-me transmitido desde pequeno e deu-me esta força para sonhar e alcançar os sonhos", frisou.
O desfecho foi bem-sucedido, com o terceiro lugar no circuito mundial de qualificação, mas apenas garantido nas etapas finais, no Brasil e no Havai.
"Confiei sempre, sabia perfeitamente que era capaz. Quando fui para o Brasil, depois do campeonato de Cascais, e para o Havai, tenho a certeza que muita gente achava que era impossível", recordou.
A "oportunidade" estava na reta final de uma temporada em que venceu o Martinique Surf Pro e chegou à terceira ronda da etapa portuguesa do circuito mundial, em Peniche, onde perdeu frente ao havaiano John John Florence, que viria a vencer o Meo Rip Curl Pro Portugal e a conquistar o título mundial nas águas lusas.
"Faltavam três campeonatos, 26.000 pontos, consegui um quinto lugar no Brasil, subi de 38.º para 28.º, fiquei mais perto, mas muito difícil. Cheguei a Haleiwa [Hawaiian Pro], fiz um segundo lugar, subi para 10.º. Depois, sabia que precisava de manter, foi um campeonato difícil em Sunset Beach [Vans World Cup], muito ansioso, com muitos 'lay day', o 'swell' não parecia muito bom, mas passei 'heats', alguns difíceis, e outro segundo lugar pôs-me na terceira posição do ranking de qualificação e deu-me o acesso", sublinhou.
Kikas não esconde a satisfação com este resultado, prometendo empenho para a próxima temporada.
"Estou muito feliz e muito aliviado por ter alcançado o meu maior objetivo. Agora é regressar a casa, assentar bem os pés na terra, celebrar um bocadinho, mas focar-me em 2017 e preparar-me para um grande ano", rematou.
* Perfil de campeão, desejamos sucesso!
Em 2017, Kikas vai ser o segundo luso a integrar a elite do surf mundial, depois de Tiago Pires, cumprindo um sonho alicerçado na ambição que lhe foi conferida pela família.
"Acho que [a carta] traduz muito bem os valores que a minha família me deram. Ontem [na quarta-feira] vi um vídeo que o meu tio [Tomaz Morais, antigo selecionador nacional de râguebi] me fez e ele dizia que, quando jogava râguebi no Cascais com o meu pai, eu ia para os balneários e para as festas em 'maxi cosi' [cadeira de transporte de crianças], sempre de um lado para o outro. Acho que esse espírito de guerreiro, de sacrifício, foi-me transmitido desde pequeno e deu-me esta força para sonhar e alcançar os sonhos", frisou.
O desfecho foi bem-sucedido, com o terceiro lugar no circuito mundial de qualificação, mas apenas garantido nas etapas finais, no Brasil e no Havai.
"Confiei sempre, sabia perfeitamente que era capaz. Quando fui para o Brasil, depois do campeonato de Cascais, e para o Havai, tenho a certeza que muita gente achava que era impossível", recordou.
A "oportunidade" estava na reta final de uma temporada em que venceu o Martinique Surf Pro e chegou à terceira ronda da etapa portuguesa do circuito mundial, em Peniche, onde perdeu frente ao havaiano John John Florence, que viria a vencer o Meo Rip Curl Pro Portugal e a conquistar o título mundial nas águas lusas.
"Faltavam três campeonatos, 26.000 pontos, consegui um quinto lugar no Brasil, subi de 38.º para 28.º, fiquei mais perto, mas muito difícil. Cheguei a Haleiwa [Hawaiian Pro], fiz um segundo lugar, subi para 10.º. Depois, sabia que precisava de manter, foi um campeonato difícil em Sunset Beach [Vans World Cup], muito ansioso, com muitos 'lay day', o 'swell' não parecia muito bom, mas passei 'heats', alguns difíceis, e outro segundo lugar pôs-me na terceira posição do ranking de qualificação e deu-me o acesso", sublinhou.
Kikas não esconde a satisfação com este resultado, prometendo empenho para a próxima temporada.
"Estou muito feliz e muito aliviado por ter alcançado o meu maior objetivo. Agora é regressar a casa, assentar bem os pés na terra, celebrar um bocadinho, mas focar-me em 2017 e preparar-me para um grande ano", rematou.
* Perfil de campeão, desejamos sucesso!
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