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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Quatro em cada dez portugueses
chegam atrasados ao emprego
A deslocação para o trabalho provoca ansiedade
logo ao acordar e 24% dos profissionais já começam o dia stressados por
causa dessa viagem. Apesar de afectar a pontualidade, 80% optam pelo
carro.
Um estudo sobre o impacto das
deslocações casa-trabalho mostra que 41% dos portugueses admite chegar
tarde ao trabalho, isto embora Portugal, entre os países europeus
analisados, seja aquele em que, em média, as pessoas perdem menos tempo a
chegar ao emprego.
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Quase um quarto dos inquiridos (24%) pela empresa de recrutamento
Michael Page (MP) reconhece que já começa o dia de trabalho "stressado e
ansioso" depois desta viagem diária. Para chegar atempadamente, 40%
acordam entre as 6h e as 7h e há mesmo 16% que despertam ansiosos com a
perspectiva de terem de fazer esse percurso.
Apesar dos efeitos negativos na saúde e na produtividade, só um em
cada três considera "provável" mudar de local de trabalho para evitar
perder tanto tempo nas deslocações – a média europeia é de 39,5% –,
sendo que o final do dia de trabalho não é mais relaxante: 70% dos
inquiridos diz que ruma directamente a casa e não se dedica a qualquer
actividade de lazer.
Considerando "preocupante" esta ansiedade só pelo vislumbre da
deslocação para o trabalho, o director-geral da MP, Álvaro Fernández,
cita vários estudos médicos que dizem que "o stress provocado pelas
deslocações para o trabalho pode contribuir para o aumento da pressão
arterial, distúrbios músculo-esqueléticos e desempenho cognitivo".
De acordo com o mesmo estudo, que inquiriu um total de 12 mil pessoas
em vários países europeus, a maior parte (37%) dos portugueses demora
diariamente entre 15 a 30 minutos para realizar o percurso casa-trabalho
e "apenas" 25% precisam de mais de 45 minutos para chegar ao emprego.
E mesmo afectados pelo tempo da deslocação e pela imprevisibilidade
do trânsito e dos acidentes de viação, que influencia negativamente a
pontualidade, oito em cada dez opta todas as manhãs pelo meio de
transporte próprio, muito acima da média europeia (66%). E só 19%
partilham o veículo.
Os transportes públicos são considerados pouco eficientes por 30% dos
inquiridos e 28% indica-os como um meio de deslocação stressante. Já no
universo de quem usa o autocarro, comboio ou metro para chegar ao
emprego, são apontados como benefícios o facto de serem mais económicos
(69%) e a forma mais rápida de se deslocarem (54%).
* A solução para este atraso não é difícil, as pessoas devem deitar-se mais cedo para mais cedo se levantarem. Nos arredores das grandes cidades portuguesas a ida para o trabalho é desgastante é um facto, mas Portugal é dos raríssimos países europeus em que a maior parte das viaturas particulares que circulam trazem apenas o condutor.
A pontualidade deve ser item a considerar na avaliação de desempenho.
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