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"EXPRESSO"
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Seis mil táxis parados “vão criar uma grande confusão, mas penso que as pessoas percebem”
As declarações são de Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi. Protesto de taxistas contra a atividade de plataformas como a Uber e a Cabify está marcado para dia 10 de outubro
O presidente da Federação Portuguesa do
Táxi (FPT) afirmou este sábado que a concentração de 10 de outubro em
Lisboa, para contestar a atividade de plataformas que consideram
ilegais, deverá reunir cerca de seis mil carros.
.
“Isto vai perturbar a vida das pessoas, não temos dúvidas. Seis mil carros em Lisboa vão criar uma grande confusão. Mas penso que as pessoas percebem, nós não estamos a pedir o aumento do sistema tarifário. Só estamos a pedir uma coisa: o governo tem que fazer cumprir a lei”, afirmou este sábado Carlos Ramos aos jornalistas, em Lisboa, à margem de uma sessão de esclarecimento sobre o protesto de dia 10, promovida pela APT.
As organizações representativas do setor do táxi anunciaram, no início deste mês, uma nova concentração em Lisboa, a 10 de outubro, para contestar a atividade de plataformas como a Uber e a Cabify (que permitem pedir carros de transporte de passageiros, com uma aplicação para 'smartphones' que liga quem se quer deslocar a operadores de transporte), que consideram funcionar de forma ilegal.
Carlos Ramos recordou que “o último relatório da Autoridade de Mobilidade e dos Transportes (AMT), que foi pedido pela Assembleia da República, conclui isso mesmo: é ilegal”.
“Não podem circular na cidade de Lisboa. Têm que ser apreendidos. Se o Governo não o fizer, nós temos que os fazer parar e queremos fazê-lo de forma pacífica, mas se acontecer alguma coisa responsabilizamos o Governo”, afirmou.
Apesar de durante a época alta ter havido “trabalho para todos” [taxistas e plataformas], o presidente da FPT alertou que “a partir do mês de setembro e, a exemplo do que se passou no ano passado, há quebras na ordem dos 40%”.
O presidente da FPA sublinhou que os taxistas “não estão contra as plataformas” e até lembrou que “os táxis têm quatro ou cinco plataformas a funcionar há quatro ou cinco anos”. No entanto, querem que a atividade dessas plataformas seja regulada.
Os taxistas reclamam sofrer de concorrência desleal em virtude do quadro legislativo existente que os obriga a determinados preceitos financeiros e de segurança, por exemplo, para poderem exercer a sua atividade.
Na sexta-feira, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes, disse à rádio Renascença que está a ser ultimada legislação para o setor. Segundo João Pedro Matos Fernandes, é “já claro que há um conjunto de prerrogativas que são e serão apenas dos táxis”, como “benefícios fiscais na aquisição de um veículo táxi, a utilização das faixas bus, só os táxis podem ser chamados na via pública, só os táxis podem estacionar nas praças de táxis”.
Para Carlos Ramos, isto é uma “não informação” por parte do ministro. A FPA quer antes que o Governo esclareça algumas questões, como “onde pretende ir buscar viaturas para alimentar as plataformas?”.
“O secretário de Estado diz que é do mercado, então se é do mercado são nove milhões de pessoas que se podem ligar com o seu carrinho à plataforma. Isto não faz sentido nenhum”, defendeu o dirigente.
Além disso, “a ideia do Governo é que o contingente seja nacional” e os taxistas dizem “que tem que ser concelhio”.
“Vivo em Alcochete, se o contingente é nacional venho associar-me a Lisboa. Será que a Câmara permite que venham mais 300 carros trabalhar para a cidade. Quando é reconhecido que há carros a mais para transporte de passageiros e em termos de fluidez do trânsito, questionou.
A instalação das plataformas online, como a Uber e a Cabify, em Portugal tem sido muito contestada pelos taxistas, tal como noutros países, tendo já havido registo de situações de confronto e agressões entre os profissionais.
* A guerra é insane, pior seria se as canetas de tinta permanente se revoltassem contra as esferográficas. Há que acompanhar a modernidade e legislá-la com bom senso, o governo neste caso não actua bem. Existem industriais de taxi que têm automóveis a operar na plataforma uber.
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“Isto vai perturbar a vida das pessoas, não temos dúvidas. Seis mil carros em Lisboa vão criar uma grande confusão. Mas penso que as pessoas percebem, nós não estamos a pedir o aumento do sistema tarifário. Só estamos a pedir uma coisa: o governo tem que fazer cumprir a lei”, afirmou este sábado Carlos Ramos aos jornalistas, em Lisboa, à margem de uma sessão de esclarecimento sobre o protesto de dia 10, promovida pela APT.
As organizações representativas do setor do táxi anunciaram, no início deste mês, uma nova concentração em Lisboa, a 10 de outubro, para contestar a atividade de plataformas como a Uber e a Cabify (que permitem pedir carros de transporte de passageiros, com uma aplicação para 'smartphones' que liga quem se quer deslocar a operadores de transporte), que consideram funcionar de forma ilegal.
Carlos Ramos recordou que “o último relatório da Autoridade de Mobilidade e dos Transportes (AMT), que foi pedido pela Assembleia da República, conclui isso mesmo: é ilegal”.
“Não podem circular na cidade de Lisboa. Têm que ser apreendidos. Se o Governo não o fizer, nós temos que os fazer parar e queremos fazê-lo de forma pacífica, mas se acontecer alguma coisa responsabilizamos o Governo”, afirmou.
Apesar de durante a época alta ter havido “trabalho para todos” [taxistas e plataformas], o presidente da FPT alertou que “a partir do mês de setembro e, a exemplo do que se passou no ano passado, há quebras na ordem dos 40%”.
O presidente da FPA sublinhou que os taxistas “não estão contra as plataformas” e até lembrou que “os táxis têm quatro ou cinco plataformas a funcionar há quatro ou cinco anos”. No entanto, querem que a atividade dessas plataformas seja regulada.
Os taxistas reclamam sofrer de concorrência desleal em virtude do quadro legislativo existente que os obriga a determinados preceitos financeiros e de segurança, por exemplo, para poderem exercer a sua atividade.
Na sexta-feira, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes, disse à rádio Renascença que está a ser ultimada legislação para o setor. Segundo João Pedro Matos Fernandes, é “já claro que há um conjunto de prerrogativas que são e serão apenas dos táxis”, como “benefícios fiscais na aquisição de um veículo táxi, a utilização das faixas bus, só os táxis podem ser chamados na via pública, só os táxis podem estacionar nas praças de táxis”.
Para Carlos Ramos, isto é uma “não informação” por parte do ministro. A FPA quer antes que o Governo esclareça algumas questões, como “onde pretende ir buscar viaturas para alimentar as plataformas?”.
“O secretário de Estado diz que é do mercado, então se é do mercado são nove milhões de pessoas que se podem ligar com o seu carrinho à plataforma. Isto não faz sentido nenhum”, defendeu o dirigente.
Além disso, “a ideia do Governo é que o contingente seja nacional” e os taxistas dizem “que tem que ser concelhio”.
“Vivo em Alcochete, se o contingente é nacional venho associar-me a Lisboa. Será que a Câmara permite que venham mais 300 carros trabalhar para a cidade. Quando é reconhecido que há carros a mais para transporte de passageiros e em termos de fluidez do trânsito, questionou.
A instalação das plataformas online, como a Uber e a Cabify, em Portugal tem sido muito contestada pelos taxistas, tal como noutros países, tendo já havido registo de situações de confronto e agressões entre os profissionais.
* A guerra é insane, pior seria se as canetas de tinta permanente se revoltassem contra as esferográficas. Há que acompanhar a modernidade e legislá-la com bom senso, o governo neste caso não actua bem. Existem industriais de taxi que têm automóveis a operar na plataforma uber.
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