14/09/2016

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HOJE NO
"OBSERVADOR"


6% dos empregos nos Estados Unidos
. serão “robotizados” até 2021

De acordo com um relatório da empresa de estudos de mercado Forrester, daqui por cinco anos uma percentagem significativa dos empregos nos Estados Unidos serão "robotizados".

Não, não é ficção orwelliana ou de Aldous Huxley. Nem virá a nós num futuro assim tão, tão distante. De acordo com um relatório publicado esta semana pela empresa de estudos de mercado Forrester, daqui por cinco anos, em 2021, uma percentagem significativa (6%) dos empregos nos Estados Unidos não serão exercidos por pessoas, mas robots. 
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Entre as profissões mais afetadas, estão as de apoio ao consumidor — como é o caso dos operadores de call center — e as dos motoristas profissionais, dos táxis aos transportes de mercadorias.

Estes robots — ou “agentes inteligentes”, como os denomina a Forrester — não só compreendem o comportamento dos humanos, como tomam decisões na vez destes. Atualmente, este tipo de tecnologia pode ser encontrada, por exemplo, em assistentes virtuais, como a Alexa, Cortana, Siri ou Google Now. Mas, por enquanto, ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e não constitui uma ameaça para a maioria dos trabalhadores e das profissões. Por enquanto. É que a Forrester assegura que esta se vai desenvolver rapidamente nos próximos anos.
Em 2021 vai começar uma onda disruptiva. As soluções trazidas pela inteligência artificial/tecnologia cognitiva  irá deslocar postos de trabalho, com o maior impacto a ser sentido em transportes, logística, atendimento e serviços ao consumidor”, explica no relatório Brian Hopkins, da Forrester.
E o que vai acontecer aos trabalhadores (6% nos Estados Unidos) que vão perder o emprego? “É uma percentagem enorme. Numa economia [como a norte-americana] que não está a criar emprego regular e a tempo inteiro, a possibilidade das pessoas se reempregarem, em novos trabalhos e com facilidade, é mínima.

Vamos ter pessoas a querer trabalhar, a lutar para encontrar um, mas sem sucesso. E isto irá também acontecer nas áreas da banca, das vendas, nos cuidados de saúde”, explicou Andy Stern ao Guardian, ele que foi presidente do Service Employees International Union. E acrescenta, Stern: “É um sinal de alerta precoce. E acho que apenas prenuncia um vento maciço de mudança no futuro. Os políticos não têm um plano. Não perceberam a rapidez com que o futuro está a chegar.”

* E o ser humano acabará por se auto-chacinar.

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