HOJE NO
"OBSERVADOR"
Cidades funcionais na Lua?
A proposta é da
Agência Espacial Europeia
"A cidade lunar é a minha solução preferida para o futuro. A Lua é o próximo passo lógico", diz Jan Woerner, diretor geral da Agência Espacial Europeia, que apresentará a ideia até ao final de 2016.
Enquanto a NASA tem piscado o olho a Marte, a Agência Espacial
Europeia (AEE) deverá investir na Lua. Quem o diz é Jan Woerner, o
diretor geral da Agência Espacial Europeia (AEE), neste artigo do Guardian,
que já antevê cidades na superfície lunar. Ei, calma, não vale a pena
imaginarmos cidades bonitinhas, com jardins espetaculares e churrascadas
à maneira, com vista para o cintilante e azul Planeta Terra…
.
Nop.
“Eu explico o que a cidade não será: moradias isoladas, escola, igreja,
uma piscina, pastelaria, cemitério. Não é isto que eu estou a pensar”,
explica Woerner, alertando que, na próxima década ou pouco mais, a
Estação Espacial Internacional terá os dias contados. Por isso, há que
encontrar soluções para preservar a presença humana no espaço.
Woerner, conta o The Guardian, visualiza uma cidade lunar segmentada,
para diferentes atividades, com organizações públicas e privadas de mão
dada. Ou seja, uns podem desenvolver um telescópio, outros podem
extrair água do gelo polar e transformá-lo em hidrogénio, oxigénio ou
combustível fóssil. Outros poderiam pensar no turismo espacial, neste
caso lunar, de que há muito se fala, pinta e, de certa maneira, se
deseja.
“É um conceito inspirador, e se outros tiverem uma ideia
melhor, estou pronto para mudar a minha opinião”, admite Woerner, que se
espera que transmita a ideia da cidade funcional na Lua no Conselho da
AEE até ao final do ano. “Mas, até agora, posso dizer que a cidade lunar
é a minha solução preferida para o futuro. A Lua é o próximo passo
lógico.”
Resumindo, a cidade lunar não seria apenas uma forma de
perpetuar a presença humana no espaço, mas serviria também para preparar
o futuro das epopeias espaciais. Ou seja, seriam construídas
infraestruturas vitais e garantido um know-how, como lhe chama o diário inglês, para assegurar a segurança para os humanos terem sucesso em futuras investidas.
* O futuro começou ontem.
.
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