HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
PSD desagradado com Juncker:
É "espetáculo que não abona"
em favor da UE
Comissão Europeia decidiu deixar de receber Durão Barroso como antigo presidente desta instituição.
O
líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, classificou hoje a decisão
da Comissão Europeia de deixar de receber Durão Barroso como antigo
presidente desta instituição como um "espetáculo que não abona nada em
favor" das instituições europeias.
À margem de uma visita ao
agrupamento de Escolas Infante D. Pedro, em Penela (Coimbra), que marca o
arranque das jornadas parlamentares do PSD, Luís Montenegro foi
questionado se se arrepende do apoio dado pelo seu partido ao atual
presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker: "Não se trata de
estarmos ou não arrependidos, não quer dizer que estejamos sempre de
acordo com todas as suas intervenções. Infelizmente tem havido algumas
que não têm sido benéficas nem para o país nem para a União", respondeu.
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De
acordo com uma notícia divulgada no domingo à noite pelo Expresso e
Financial Times, Durão Barroso deixará de ser recebido em Bruxelas como
ex-presidente da Comissão Europeia, e terá de dar explicações ao
executivo europeu sobre a sua relação contratual com a Goldman Sachs
Internacional, na qual assumirá funções de presidente não-executivo.
Questionado pelos jornalistas sobre esta polémica, Montenegro escusou-se a fazer um comentário direto.
"É
um espetáculo que não abona nada em favor das instituições europeias,
creio que é um assunto que não merece ser mais ampliado do que o que é
pela força das intervenções dos principais protagonistas das
organizações europeias", referiu, em declarações aos jornalistas em
Penela.
Sobre o apoio do PSD a Jean-Claude Juncker, o líder da
bancada social-democrata lembrou que o seu partido foi dos primeiros a
fazê-lo, até dentro do Partido Popular Europeu mas que isso nem sempre
tem implicado concordância com as suas intervenções.
De acordo com
o Expresso e o Financial Times, o atual presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker, vai ainda examinar o contrato do seu
antecessor com o banco norte-americano de investimento e deu já
instruções ao seu gabinete para tratar José Manuel Barroso como qualquer
outro lobista com ligações a Bruxelas.
Na sua qualidade de ex-presidente da Comissão Europeia, assim como
ex-primeiro-ministro de um Estado-membro, Durão Barroso, teria o direito
a um "tratamento VIP" pelos líderes e instituições europeias em
Bruxelas.
A partir de agora, em quaisquer contactos futuros, será recebido como
um "representante de interesses" e qualquer comissário europeu ou
funcionário da União Europeia que mantiver contactos com Durão Barroso
será obrigado a registar esses contactos e a manter notas sobre os
mesmos.
Esta decisão de Juncker responde à provedora de justiça
europeia, Emily O'Reilly, que na semana passada pediu esclarecimentos
sobre a posição da Comissão Europeia face à nomeação de Durão Barroso
para administrador não-executivo na Goldman Sachs Internacional (GSI).
* Não queremos falar de Durão Barroso por lhe respeitarmos o luto, mas já sabíamos que a horda laranja não gosta de perder mordomias.
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