HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Petição para acabar com IVA
nas medicinas naturais quinta-feira
no parlamento
Os profissionais das diversas medicinas alternativas entregam, na
quinta-feira, no parlamento, uma petição com 120 mil assinaturas a
exigir o fim da cobrança do IVA a 23%, nas terapêuticas não
convencionais.
Com o lema "Por uma saúde sem IVA", a petição juntou as assinaturas
em poucos meses, e ainda conseguiu reunir numa causa milhares de
profissionais de terapêuticas não convencionais, estando em criação uma
União das Medicinas Naturais, como explicou à Lusa fonte ligada à
iniciativa.
A petição teve origem na Associação Portuguesa de Profissionais de
Acupunctura (APPA), a que se juntaram outros profissionais e muitas
pessoas que apoiam as medicinas naturais, explica um comunicado hoje
divulgado.
Segundo o documento da APPA, a delegação que estará na quinta-feira
no Parlamento é composta por representantes das terapêuticas não
convencionais e será recebida simbolicamente por todos os grupos
parlamentares.
"A Petição pretende a consagração legal expressa da isenção de IVA
nas Terapêuticas Não Convencionais", frisa o comunicado, acrescentando
que "a Autoridade Tributária e Aduaneira está a aniquilar
financeiramente a atividade dos prestadores de saúde das Terapêuticas
Não Convencionais".
Em causa estão profissionais de Acupunctura mas também de Osteopatia,
Naturopatia, Homeopatia, Quiropráxia, Fitoterapia e Medicina
Tradicional Chinesa, aos quais está a ser cobrado retroativamente IVA de
quatro anos (desde 2013, quando a prática foi regulamentada).
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TERAPIA SACRO CRANIANA |
A fonte ouvida pela Lusa explicou que as Finanças estão a contactar
profissionais no sentido de pagarem IVA. "E depois chega-se ao ridículo
de, a um médico de medicina convencional, que aprendeu por exemplo
acupunctura, não lhe ser cobrado IVA e, ao lado, um profissional que faz
o mesmo trabalho, tem de cobrar IVA", disse.
"É uma injustiça e uma situação que pode levar muitos a fechar portas", avisou.
A situação já levou a uma manifestação dos profissionais das
medicinas naturais em frente à Assembleia da República, no passado dia
01. Uma situação que, diz o comunicado, "não só coloca em risco milhares
de postos de trabalho, como afeta gravemente a liberdade de escolha e
acesso dos utentes às medicinas naturais, pondo em causa uma pedra
basilar da Democracia Portuguesa, o Direito à Saúde".
* É o mínimo que se pode fazer por profissionais cuja maioria trabalha com muita seriedade. Não gostamos de chamar a esta actividade de "medicina natural" antes terapêuticas alternativas, lembramos que estas terapias existem porque o "acto médico" da medicina convencional falha muitas mais vezes daquilo que seria desejável.
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