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"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Juristas prometem providência
cautelar para travar nomeação de
Isabel dos Santos
Grupo de juristas angolanos anunciou que vai avançar com providência cautelar para suspender a nomeação de Isabel dos Santos para Sonangol
Um grupo de 12 juristas angolanos anunciou
que vai avançar na próxima quinta-feira com uma providência cautelar
para suspender a nomeação da empresária Isabel dos Santos para
presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol.
A decisão foi tomada hoje, após uma reunião destes juristas, em Luanda,
alegando o advogado David Mendes, porta-voz deste grupo, que, ao nomear a
filha para aquelas funções, o Presidente da República, José Eduardo dos
Santos, “violou” a Lei da Probidade Pública (sobre o exercício de
funções públicas), de 2010, pelo que será feita igualmente uma queixa ao
procurador-geral da República.
A providência cautelar será entregue no
Tribunal Supremo.
“Vai-se entrar com uma providência cautelar para suspensão do ato [de
nomeação], para que não produza eficácia, como medida preliminar, nos
temos da impugnação dos Atos Administrativos. Ao ter permitido que a sua
filha fosse nomeada cometeu uma improbidade pública, ele devia ter-se
abstido, como manda a lei”, explicou à Lusa o advogado David Mendes,
também dirigente da associação cívica Mãos Livres.
Após mais de duas horas de reunião, estes juristas nomearam um grupo de trabalho de seis pessoas, com a responsabilidade e elaborar até quarta-feira o texto final da providência cautelar para impugnar o ato administrativo de nomeação de Isabel dos Santos, a dar entrada no dia seguinte. “Ao mesmo tempo, seguindo as regras da impugnação dos Atos Administrativos, vai-se apresentar a competente reclamação ao chefe do Governo, seguidamente, nos termos da Lei da Probidade Pública, uma queixa junto do procurador-geral da República, para abrir investigação”, disse ainda David Mendes.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, nomeou quinta-feira a empresária Isabel dos Santos, filha do chefe de Estado, para as funções de presidente do conselho de administração e administradora não executiva da petrolífera estatal Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), informou à Lusa a Casa Civil da Presidência. “A lei diz que o agente público não deve nomear ou permitir nomeações e contratos quando há intervenção de sua esposa, dos seus familiares em primeiro grau em linha reta e até ao segundo grau da linha colateral.
A própria lei é que impõe esse impedimento”, observou, por seu turno, David Mendes, aludindo à lei da Probidade Pública, sobre o exercício de funções públicas e para travar o enriquecimento ilícito. Estes juristas pretendem ainda dirigir uma exposição ao Presidente angolano para que este “altere a sua própria decisão”, recordando que após a participação o avanço da investigação à decisão de nomeação ficará nas mãos do procurador-geral da República. “A lei implica até prisão, mas nós estamos apenas a atacar os efeitos da norma. E acima de tudo abrirmos um precedente desta natureza, de impugnar os atos do chefe de Governo.
As pessoas comentam na rua e falam, mas não há coragem de assumirem e agirem. Independentemente de qual venha a ser a decisão [do tribunal], tem esse aspeto simbólico”, disse o advogado, contestatário do regime de José Eduardo dos Santos. A administração da Sonangol, liderada desde 2012 por Francisco de Lemos José Maria (presidente do conselho de administração) foi igualmente exonerada de funções na quinta-feira, passando a empresa a ser responsável apenas pela “gestão e monitorização dos contratos petrolíferos”. A designação de Isabel dos Santos surge no âmbito da reestruturação da empresa estatal e do setor petrolífero angolano, processo em que já tinha participado, conforme confirmou a 22 de janeiro, em comunicado, o comité que tratou o processo, alegando a sua experiência de 15 anos como empresária.
Para presidente da comissão executiva – novo órgão entretanto criado pelo Governo angolano para a petrolífera estatal -, e administrador executivo, foi nomeado, segundo a mesma informação da Casa Civil da Presidência, Paulino Fernando de Carvalho Gerónimo, que transita do conselho de administração anterior.
* Bem podem os juristas angolano lutar contra a "zeduzita" o paizinho não deixa.
Após mais de duas horas de reunião, estes juristas nomearam um grupo de trabalho de seis pessoas, com a responsabilidade e elaborar até quarta-feira o texto final da providência cautelar para impugnar o ato administrativo de nomeação de Isabel dos Santos, a dar entrada no dia seguinte. “Ao mesmo tempo, seguindo as regras da impugnação dos Atos Administrativos, vai-se apresentar a competente reclamação ao chefe do Governo, seguidamente, nos termos da Lei da Probidade Pública, uma queixa junto do procurador-geral da República, para abrir investigação”, disse ainda David Mendes.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, nomeou quinta-feira a empresária Isabel dos Santos, filha do chefe de Estado, para as funções de presidente do conselho de administração e administradora não executiva da petrolífera estatal Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), informou à Lusa a Casa Civil da Presidência. “A lei diz que o agente público não deve nomear ou permitir nomeações e contratos quando há intervenção de sua esposa, dos seus familiares em primeiro grau em linha reta e até ao segundo grau da linha colateral.
A própria lei é que impõe esse impedimento”, observou, por seu turno, David Mendes, aludindo à lei da Probidade Pública, sobre o exercício de funções públicas e para travar o enriquecimento ilícito. Estes juristas pretendem ainda dirigir uma exposição ao Presidente angolano para que este “altere a sua própria decisão”, recordando que após a participação o avanço da investigação à decisão de nomeação ficará nas mãos do procurador-geral da República. “A lei implica até prisão, mas nós estamos apenas a atacar os efeitos da norma. E acima de tudo abrirmos um precedente desta natureza, de impugnar os atos do chefe de Governo.
As pessoas comentam na rua e falam, mas não há coragem de assumirem e agirem. Independentemente de qual venha a ser a decisão [do tribunal], tem esse aspeto simbólico”, disse o advogado, contestatário do regime de José Eduardo dos Santos. A administração da Sonangol, liderada desde 2012 por Francisco de Lemos José Maria (presidente do conselho de administração) foi igualmente exonerada de funções na quinta-feira, passando a empresa a ser responsável apenas pela “gestão e monitorização dos contratos petrolíferos”. A designação de Isabel dos Santos surge no âmbito da reestruturação da empresa estatal e do setor petrolífero angolano, processo em que já tinha participado, conforme confirmou a 22 de janeiro, em comunicado, o comité que tratou o processo, alegando a sua experiência de 15 anos como empresária.
Para presidente da comissão executiva – novo órgão entretanto criado pelo Governo angolano para a petrolífera estatal -, e administrador executivo, foi nomeado, segundo a mesma informação da Casa Civil da Presidência, Paulino Fernando de Carvalho Gerónimo, que transita do conselho de administração anterior.
* Bem podem os juristas angolano lutar contra a "zeduzita" o paizinho não deixa.
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