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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Morreu deputada britânica baleada na rua Campanhas do referendo suspensa
Morreu a deputada do Partido Trabalhista
britânico baleada e esfaqueada esta quinta-feira à tarde em Birstall,
perto de Leeds, no Reino Unido. Jo Cox, de 41 anos, foi transportada
para o hospital de Leeds de helicóptero, mas segundo o chefe da polícia
de West Yorkshire tinha sido declarada morta pelos médicos no local do
ataque.
Dee Collins anunciou a morte da
deputada em conferência de imprensa, esta tarde. Jo Cox, que nas
últimas semanas esteve profundamente envolvida na campanha contra o
brexit, foi atacada à saída biblioteca onde se encontrava com os seus
eleitores. Deixa dois filhos pequenos e o marido, Brendan Cox,
conselheiro dos Trabalhistas, que já depois do ataque e antes de ser
anunciada a morte da mulher partilhou uma imagem da deputada junto à sua
casa, um barco.
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As reações não se fizeram esperar: o líder
do Labour, o partido da deputada, diz que todo o país está "em choque
com o assassinato horrível de Jo Cox". Jeremy Corbin elogia "uma vida de
serviço público e um compromisso profundo com a humanidade". E sublinha
que a deputada morreu a desempenhar um trabalho que está "no coração da
democracia, ouvir e representar as pessoas que foi eleita para servir".
O primeiro-ministro David Cameron também já expressou o seu pesar pela "tragédia", numa publicação no Twitter.
O ataque já teve consequências também nas
campanhas pelo brexit e pela permanência na União Europeia: segundo a
agência AFP, a campanha pela permanência do Reino Unido fou suspensa,
tal como a campanha pela saída. O primeiro-ministro David Cameron já
cancelou a presença num comício em Gibraltar, prevista para esta noite.
A deputada foi atacada perto da biblioteca municipal de Birstall, onde se encontrava com os eleitores. Segundo o comunicado
da polícia de West Yorkshire, as autoridades foram chamadas por volta
das 12:50. No local também estava também outro homem com ferimentos
ligeiros, de 77 anos.
Um homem de 52
anos foi preso no local e a polícia não está à procura de mais
suspeitos; foram também apreendidas várias armas. "Lançámos uma
investigação para estabelecer os motivos deste ataque", disse Dee
Collins na conferência de imprensa. As autoridades estão a investigar
alguns relatos de testemunhas que dão conta que o homem gritou "Britain
First" no ataque, uma possível referência ao partido nacionalista e de
extrema-direita com esse nome.
Segundo uma testemunha Hithem Ben
Abdallah, que estava no café ao lado da biblioteca quando tudo
aconteceu, o ataque durou entre 15 e 20 minutos. Abdallah contou à BBC que ouviu gritos e, quando correu para a rua, viu um homem a dar pontapés e a puxar o cabelo da deputada.
De
acordo com esta testemunha, o outro ferido é "um homem corajoso" que
tentou ajudar a deputada e controlar o agressor mas este "sacou uma
arma" e disparou sobre Jo Cox. Ben Abdalhah, de 56 anos, afirmou ainda
que a arma parecia "artesanal".
Clarke Rothwell, o dono de um café perto da biblioteca que testemunhou o ataque, também contou à BBC que
o agressor parecia ter 50 anos e tinha um chapéu de basebol e um
casaco. "Ele disparou uma e outra vez, ele caiu ao chão, inclinou-se
sobre ela e disparou mais uma vez", afirmou Clarke.
Antes
de ser eleita, em 2015, Jo Cox trabalhava para a Oxfam. A deputada tem
sido uma defensora do apoio ao refugiados sírios. Nas últimas semanas
tinha estado empenhada na campanha pela permanência na União Europeia e
ontem esteve mesmo numa ação no Tamisa, em que partidários das duas
campanhas se envolveram numa acesa troca de palavras. Uma imagem
partilhada pelo marido, Brendan Cox, conselheiro dos Trabalhistas,
mostra o casal e os dois filhos num barco no Tamisa.
* Isto também é terrorismo!
* Isto também é terrorismo!
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