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HOJE NO
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Secretas.
MP defende absolvição
de ex-espião e mulher
Nas alegações finais do chamado processo das
secretas, a procuradora considerou que Nuno Dias e Gisela Teixeira
estavam a cumprir ordens e que não há provas de que sabiam estar a
cometer um crime.
O Ministério Público considera que o
ex-espião Nuno Dias e mulher, Gisela Teixeira, funcionária da Optimus,
não devem ser condenados pelo acesso ilegítimo aos dados de faturação
telefónica do jornalista Nuno Simas.
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Esta manhã, no Campus de Justiça, a procuradora da República Teresa
Almeida recuperou a ideia de que do julgamento saiu, para o MP, a
"perceção de uma escala hierárquica nos serviços" que terão levado o
ex-espião Nuno Dias a acatar a "ordem" de Silva Carvalho para obter
dados das comunicações telefónicas do ex-jornalista do "Público" e que a
mesma não era "questionável".
Também a "relação pessoal" entre os dois arguidos, casados, terá
contribuído para que o MP defendesse a sua absolvição quanto a este
crime, não ficando provado que Gisela Teixeira tivesse consciência de
estar a cometer um crime.
Entre a ordem de Silva Carvalho a Nuno Dias e do pedido de informação
deste a Gisela Teixeira terá resultado, para a operadora da Optimus,
uma "confusão" entre a "ilicitude institucional" - porque não podia
enviar os dados para pessoas fora da empresa - e a legalidade do pedido
do marido, pelas funções que o mesmo desempenhava.
Nuno Dias está acusado dos crimes de acesso ilegítimo agravado,
acesso indevido a dados pessoais e abuso de poder. Gisela Teixeira
responde por violação do segredo profissional.
* Temos as maiores dúvidas da "inocência" dos arguidos, mais assusta-nos a cultura de impunidade.
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