HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Líder interino da Câmara dos Deputados anula tramitação do impeachment de Dilma
Waldir Maranhão, substituto de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, assinou decisão para anular tramitação do processo
A
decisão de Waldir Maranhão anula as sessões da Câmara dos Deputados que
trataram do processo de impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados. O
líder interino da casa, que substituiu Eduardo Cunha após o afastamento
deste pelo Supremo Tribunal Federal, faz com que o processo de
destituição, que já está no Senado, volte à Câmara.
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O
motivo para esta decisão seria a interpretação de que a votação
ultrapassou os limites da denúncia feita contra Dilma por crimes de
responsabilidade - tratando da questão da Lava-Jato e não só das
supostas irregularidades orçamentais.
Esta tarde, o presidente do Senado, Renan
Calheiros, convocou uma reunião de emergência com os líderes
partidários, na sua residência oficial em Brasília, para discutir que
medidas deverão ser tomadas após esta decisão do líder interino da
câmara baixa, noticia a Folha de S.Paulo.
A
presidente Dilma Rousseff, que falava à imprensa no momento em que a
notícia da decisão se tornou pública, assumiu não ter ainda confirmação
oficial. "Mas não podia fingir não saber" aquilo que aqueles os
presentes também sabiam, afirmou, assumindo: "Não sei quais são as
consequências". Admitiu, no entanto, que o processo de impugnação
esteja, assim, "suspenso".
O jornal brasileiro A Folha de São Paulo
escreve que a decisão de Waldir Maranhão ainda não é conhecida na
íntegra, visto que só será publicada amanhã, terça-feira, em Diário da
Câmara.
Em nota divulgada à imprensa,
Maranhão afirma que tomou a decisão após ter tomado conhecimento de um
ofício enviado pela Advocacia Geral da União (AGU) à Câmara, que pedia a
anulação da sessão realizada nos dias 15, 16 e 17 de abril. Nesta
sessão, houve a votação em plenário do parecer dos deputados que
recomendava a continuação do processo de destituição contra a Presidente
Dilma Rousseff, enviada posteriormente para o Senado (câmara alta).
Os
advogados da chefe de Estado pediram a anulação desta sessão apontado
que os parlamentares haviam justificado o voto com argumentos diferentes
dos usados na denúncia, questionando também que não poderia ter havido
interferência dos partidos no dia da votação.
Waldir
Maranhão negou o argumento sobre justificativas apresentadas pelos
deputados para dar o voto, mas aceitou outras alegações e anulou a
votação do processo.
"Acolhi as demais
arguições, por entender que efetivamente ocorreram vícios que tornaram
nula de pleito de direito a sessão em questão. Não poderiam os partidos
políticos ter fechado questão ou firmado orientação para que os
parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso
deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais livremente",
diz o comunicado.
Ele também considerou
que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por uma
Resolução, seguindo a tramitação que aconteceu no caso do impeachment do
ex-Presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. "Por estas razões,
anulei a sessão realizada nos dias 15, 16 e 17 e determinei que uma nova
sessão seja realizada para deliberar sobre matéria no prazo de cinco
sessões contados da data em que o processo for devolvido pelo Senado à
Câmara dos Deputados", concluiu.
* Depois das barbaridades que se ouviram na Câmara dos Deputados quando da votação do impeachment, só resta dizer que Waldir
Maranhão é corajoso, ao contrário do antecessor que é corrupto.
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