30/05/2016

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"

Ministro da Economia recusa 
proibições a serviços turísticos

O ministro da Economia disse hoje que o turismo deve ser encarado como um fator de crescimento e de criação de emprego e não como um problema e recusou eventuais proibições de serviços, como aconteceu em algumas cidades europeias.
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"Não é proibindo um setor que está a crescer que se faz o crescimento de um país. Um setor que está a crescer e a criar empregos deve é ser estimulado", afirmou Manuel Caldeira Cabral aos jornalistas, à margem de uma conferência em Lisboa.

O governante respondia a questões relacionadas com eventuais restrições ao turismo em zonas muito visitadas ou mesmo de proibições de serviços, como acontece em Berlim, onde desde 01 de maio é proibido arrendar apartamentos por inteiro através da plataforma Airbnb.

O governante evitou falar dos problemas que a população diz sentir em cidades como Lisboa por pressão do turismo, referindo que o que é preciso é aproveitar este desenvolvimento para atrair turistas para outras regiões, como o interior do país, evitando que se concentre sobretudo nas grandes cidades, no Algarve e na Madeira.

"O crescimento do turismo está, aliás, a acontecer com mais força em zonas com menos intensidade turísticas e isso tem a ver com esforços que temos feito com captação de rotas e de divulgação. Reforçarmos, por exemplo, a divulgação em Espanha, onde muitos turistas vêm de carro e não ficam só no litoral, mas mais espalhados por todo o território", afirmou Caldeira Cabral, referindo um aumento de 70% das receitas com turistas espanhóis em março.

O ministro da Economia fez hoje uma intervenção no seminário "Reestruturar para crescer", na Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa, onde se focou no Programa Revitalizar, lançado pelo Governo para ajudar na recuperação de empresas.

O governante disse, nomeadamente, que é necessário encontrar uma maneira de acelerar a recuperação de uma empresa, admitindo que muitas vezes mesmo entidades públicas como a Segurança Social ou a Autoridade Tributária tardam a dar respostas, atrasando os processos de recuperação de empresas.

"O tempo é o fator determinante. O valor que há a salvar hoje pode já não existir em seis ou em 10 meses", afirmou.

Além disso, afirmou, é preciso terminar com a discriminação dos capitais próprios face aos capitais emprestados pelos bancos, que têm benefícios fiscais, de modo a que o "estímulo a mais financiamento venha por entrada de capitais próprios".

Já em resposta aos jornalistas, Caldeira Cabral disse que para já ainda não há um calendário para essa medida avançar.

* O Turismo é uma actividade económica importante não pode ser discriminado, mas o cidadão não pode ser discriminado pelo Turismo.

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