ESTA SEMANA NA
"GERINGONÇA"
Relatório do CFP arrasa credibilidade
do …CFP
O relatório divulgado hoje pelo Conselho de Finanças Públicas
(CFP) considera que as previsões macro-económicas do Governo para o
período de 2016-2020 envolvem “um grau elevado de incerteza” e não
incorporam riscos consideráveis no curto e médio prazos, deixando vários
alertas e recomendações.
Não deixa de ser curioso verificar que o CFP, numa análise que fez para um período semelhante (2015-2019) – quando a direita estava no governo – se tenha limitado a incluir dois singelos “riscos relativos” (sobre a evolução da procura externa), podendo concluir-se que o resto das previsões apresentadas pelo governo de então se afiguravam como plausíveis.
Num registo claramente diferente, e debruçando-se agora sobre as previsões do actual Governo para o período de 2016-2020, o CFP alerta para inúmeros riscos em relação à procura externa, à dinâmica do investimento, à instabilidade do sistema financeiro e à carência de reformas estruturais, considerando que o conjunto das previsões apresenta “risco elevado”. De salientar que, excluindo a procura externa, nenhum destes riscos constam das conclusões do relatório anterior. Por essa altura, a dinâmica de investimento era fantástica, o sistema financeiro estava sólido como uma rocha e as reformas estruturais, upa upa, tudo a bombar.
Mas para se perceber realmente do que estamos a falar, nada mais útil que olhar para este (duplo) critério à luz das previsões de crescimento apresentadas por cada governo. Só é enganado quem não quer ver.
.
Perante isto, não surpreende a reacção do Presidente da República: após
um “com o devido respeito”, tratou de esclarecer que “verdadeiramente
importante é a Comissão Europeia”.
* Estamos desapontados com esta dualidade de critério
Não deixa de ser curioso verificar que o CFP, numa análise que fez para um período semelhante (2015-2019) – quando a direita estava no governo – se tenha limitado a incluir dois singelos “riscos relativos” (sobre a evolução da procura externa), podendo concluir-se que o resto das previsões apresentadas pelo governo de então se afiguravam como plausíveis.
Num registo claramente diferente, e debruçando-se agora sobre as previsões do actual Governo para o período de 2016-2020, o CFP alerta para inúmeros riscos em relação à procura externa, à dinâmica do investimento, à instabilidade do sistema financeiro e à carência de reformas estruturais, considerando que o conjunto das previsões apresenta “risco elevado”. De salientar que, excluindo a procura externa, nenhum destes riscos constam das conclusões do relatório anterior. Por essa altura, a dinâmica de investimento era fantástica, o sistema financeiro estava sólido como uma rocha e as reformas estruturais, upa upa, tudo a bombar.
Mas para se perceber realmente do que estamos a falar, nada mais útil que olhar para este (duplo) critério à luz das previsões de crescimento apresentadas por cada governo. Só é enganado quem não quer ver.
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* Estamos desapontados com esta dualidade de critério
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