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"EXPRESSO"
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Sismo no Equador.
Número de mortos sobe para 233
Um forte sismo abalou sábado à noite a costa do Pacífico do Equador. Há pelo menos 580 feridos
Pelo menos 233 pessoas morreram na sequência do sismo que abalou o
Equador este sábado, de acordo com o mais recente balanço do número de
vítimas. O balanço anterior apontava para 77 mortos.
Cerca de 580
pessoas ficaram feridas por causa do forte abalo, de magnitude 7,8 na
escala de Richter, que afetou sobretudo as cidades costeiras a ocidente.
As autoridades receiam que o número de mortos possa aumentar nas
próximas horas, uma vez que as equipas de resgate ainda não conseguiram
chegar a algumas das áreas mais afetadas.
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O sismo, considerado já
o mais forte do Equador nas últimas décadas, ocorreu às 18h58 de sábado
(23h58 em Lisboa) a 27 quilómetros de Muisne e a 170 quilómetros da
capital, Quito, no interior do país, tendo sido sentido ao longo de um
raio de 300 quilómetros. As zonas de Pedernales y Cojimíes, na província
de Manabí, foram as mais afetadas. Na maior cidade do país, Guayaquil, a
sul, uma ponte ficou destruída, e na cidade costeira de Manta uma torre
de controlo do aeroporto colapsou.
Depois do abalo, registaram-se
dezenas de réplicas e deslizamentos de terras. Mais de 260 edifícios
ficaram destruídos, assim como muitas estradas. Os habitantes das zonas
costeiras foram aconselhados a deixar as suas casas, devido à
possibilidade de o nível do mar subir.
Simon Gordon, residente em
Guayaquil, descreveu à BBC o momento em que foi sentido o abalo. “Foi
uma experiência extremamente assustadora. As cidades à nossa volta
também foram muito atingidas. É uma tragédia enorme”. “A maior parte das
pessoas veio para a rua com mochilas, caminhando para uma zona mais
alta”, disse à Reuters Ramon Solorzano, residente na cidade costeira de
Manta. “As estradas estão destruídas. Não há energia elétrica e os
telefones não funcionam”.
Adriana Villacís, uma enfermaria que no
momento do abalo se encontrava num supermercado com o marido e o filho
de quatro anos, contou ao “New York Times” que a primeira coisa que fez
foi proteger o seu filho e dirigir-se à porta de saída do supermercado.
Mas antes de conseguir alcançá-la, parte do telhado ruiu e ela ficou
paralisada, sem conseguir reagir. Apesar disso, conseguiram os três
sobreviver e sem grandes mazelas. “Graças a Deus que não ficamos
magoados fisicamente. O meu filho, com o choque, vomitou”.
Este sismo foi seis vezes mais forte do que o do Japão na sexta-feira, de magnitude 7,1 na escala de Richter,
disse à Associated Press David Rothery, professor de ciências
planetárias na Universidade Aberta de Londres. Ocorreu também a uma profundidade ligeiramente maior do que os sismos desta semana no Japão - cerca de 19 quilómetros, no mar.
O
Presidente do Equador, Rafael Correa, que se encontrava em Itália numa
visita ao Vaticano, já declarou o estado de emergência nacional em seis
províncias. Numa mensagem partilhada na sua conta no Twitter, apelou à
calma e deu as condolências às famílias das vítimas. “O nosso amor
infinito vai para as famílias dos mortos”, afirmou o chefe de Estado.
* Um dos nossos pensionistas nutre especial afecto por este país, fala do bom povo, da beleza paisagística e da boa comida, Guayaquil referia-a como uma cidade "bolivariana" porta de embarque para as Galápagos, deseja-se uma rápida recuperação.
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