HOJE NO
"i"
"i"
Teodora Cardoso prevê derrapagem
nos impostos do tabaco e dos veículos
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera
que o Orçamento do Estado para 2016 tem riscos “importantes” quer do
lado da receita quer do lado da despesa. Uma das principais dúvidas
levantadas pela equipa da economista Teodora Cardoso é o próprio cenário
macroeconómico, “particularmente relevante para fundamentar as
previsões de receitas fiscais”.
.
Num relatório publicado hoje, o organismo
independente que analisa as contas públicas levanta ainda interrogações
sobre a receita prevista com os impostos indirectos que vão aumentar.
“Não parece ser tida em conta a reação previsível dos agentes
económicos, de reduzir a quantidade procurada de bens sobre que incidem
aumentos significativos da tributação, como é o caso do Imposto sobre o
Tabaco e do Imposto sobre Veículos”
Na despesa, o CFP considera que o esforço de reversão de várias
medidas, como a eliminação das reduções remuneratórias, o aumento das
pensões mais baixas e de várias prestações sociais, “deveria ser
compensado por outros itens da despesa corrente e por uma quebra nas
despesas de capital”. No entanto, acrescenta o organismo, no Orçamento
“não se encontram suficientemente especificadas medidas que assegurem
essa evolução”. Especificamente nas prestações sociais, o Orçamento
”prevê aumentos muito reduzidos relativamente a 2015, que não parecem em
linha com medidas suscetíveis de explicar essa contenção”.
Teodora Cardoso conclui que o Orçamento para 2016 “apresenta riscos
importantes”, que devem ser reduzidos em Abril, quando for apresentado o
Programa de Estabilidade 2016-2020, que deverá ter “uma estratégia
macro-orçamental coerente e clara quanto à natureza e timing das medidas
a adoptar”.
* O Conselho de Finanças Públicas é formado por gente competente e muito séria, vale a pena dar atenção.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário