28/03/2016

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HOJE NO
"i"
Alentejo. 
GNR trava esquema ilegal 
de transporte de imigrantes 

Estão rendimentos de centenas de milhares de euros, que nunca foram declarados ao fisco
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A GNR desmantelou no final da última semana um esquema ilegal de transporte de pessoas da Bulgária para trabalho agrícola em Portugal. A empresa com dependências em Lagos, Cascais e Viseu não tinha qualquer tipo de licenciamento colocando, segundo fonte oficial, “em risco a vida dos seus tripulantes e outros utentes da via”. Além disso, não declarava “qualquer rendimento gerado em território nacional”.
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Em declarações ao i o tenente-coronel Paulo Messias explicou que o “indivíduo responsável por estes transportes movimentava-se junto de empresários agrícolas do litoral alentejano com o objetivo de colocar nas suas explorações mão-de-obra estrangeira”.

Depois, “negociava com os trabalhadores, sobretudo búlgaros, os valores que estes iriam receber por hora, bem como o que iriam pagar pela viagem até Portugal”.

A operação foi desencadeada na última sexta-feira pela Unidade de Acão Fiscal (UAF) e contou com o apoio do Destacamento Territorial de Odemira do Comando Territorial de Beja.

Ao que o i apurou em causa estão rendimentos de centenas de milhares de euros, que nunca foram declarados ao fisco.

Com o desenrolar das investigações, a GNR vai avaliar ainda se houve ou não alguma situação de exploração dos trabalhadores recrutados através deste esquema.

Material apreendido
Além de ter sido constituído arguida o operador económico estrangeiro que se dedicava ao transporte de cidadãos búlgaros foi também constituído arguido o responsável, um homem de 51 anos e apreendidas 30 cadernetas de bilhete de autocarro, 50 maços de tabaco, seis garrafas de bebidas alcoólicas e dois computadores.

As autoridades iniciaram esta investigação após terem detetado a venda de vários maços de tabaco de origem búlgara em circuitos fechados. Com a operação foi possível perceber que o suspeito aproveitava as deslocações frequentes àquele país – sempre que ia buscar trabalhadores - para trazer tabaco, colocando-o posteriormente à venda no mercado paralelo e a preços inferiores aos praticados em Portugal.

* Este homem é um esclavagista a quem empresários/agricultores portugueses dão cobertura, mas ninguém vai preso.
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