18/03/2016

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HOJE NO 
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Empresas industriais gastam cada vez
. menos no controlo ambiental

Portugal continua a ser dos países da UE que menos investe na minimização dos impactos ambientais.


As medidas tomadas pela indústria portuguesa para minimizar os impactos ambientais decorrentes da sua atividade atingiram os 323,1 milhões de euros em 2014, um valor que representa uma descida média anual  de 5,4% em relação a 2010.
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De acordo com as estatísticas divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), este decréscimo das despesas ambientais resulta sobretudo da “diminuição das despesas de investimento, cuja taxa média de variação anual neste período foi de -15,0%.”

Os gastos representaram 0,19% do Produto Interno Bruto (0,20%, em 2013, e 0,22%, em 2010) e cerca de 31 euros por habitante/ano, “o que coloca Portugal em posição modesta face aos outros estados membros da União Europeia”, destaca o INE.

A maioria das empresas da indústria dos Estados Membros despendeu uma verba com a proteção do ambiente que variou entre 0,4% e 1,2% dos respetivos PIB.

Portugal encontra-se nas últimas posições deste ranking, com menos 0,2 p.p. face à média da UE28, refere a nota do INE, salientando que “este retrato não varia” quando se analisa a despesa da indústria da UE28 per capita.

“A indústria nacional despendeu um montante na proteção do ambiente correspondente a 31,1 euros/habitantes ano, menos de 1/3 da média UE28 (101,9 euros/hab ano) e menos de 1/6 da Itália (201,9 euros/hab ano). Apenas a Lituânia apresentou um indicador mais baixo que Portugal (25,2 euros/hab ano)”, lê-se no documento.

Os dados do INE revelam ainda só cerca de 13% das empresas industriais investiram na prevenção e controlo da poluição.

As indústrias da “Alimentação, bebidas e tabaco” e “Eletricidade, gás e água”, com 103 milhões de euros, foram as que mais gastaram com o ambiente, com quase um terço do total da despesa ambiental da indústria, e que ascendeu a 114 milhões em 2014 (menos sete milhões do que em 2013.
 
A maioria da despesa ambiental foi canalizada na “Gestão de Resíduos”. Os domínios “Proteção da Qualidade do Ar e Clima” e “Gestão de Águas Residuais” absorveram, respetivamente, 22,2% e 22,9% do total em 2014.

Já a certificação ambiental na indústria registou uma evolução positiva em 2014. “Ainda assim, este tipo de acreditação pelo Sistema Comunitário de Auditoria e Ecogestão (EMAS, da sigla inglesa) e ISO 14001, mantém-se a um nível relativamente baixo (6,7% das empresas industriais em 2014, mais 3 p.p. que em 2013)”, salienta o INE.

* O sr. Saraiva, tão preocupado com o aumento do salário mínimo, não diz nem uma falinha acerca destas insuficiências industriosas dos seus apaniguados.
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