HOJE NO
"OBSERVADOR"
França reforçou investimento em Portugal no período de “mais profunda crise”
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques,
sublinhou o reforço do investimento francês em Portugal no período de
“mais profunda” crise económica.
“O reforço da presença do
investimento francês em Portugal aconteceu num período difícil, de crise
económica profunda”, disse Pedro Marques na 4.ª Conferência Económica
Franco-Portuguesa sobre o “Contributo do Investimento Francês para o
Crescimento Português”, que decorre hoje em Lisboa, com o apoio da Caixa
Geral de Depósitos.
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O ministro destacou “a importância ainda maior” do investimento francês em Portugal nos últimos anos.
“Houve
muitas empresas francesas que apostaram e investiram em Portugal e, ao
criarem emprego no nosso país, também reforçaram as nossas condições
para passar pela crise, com menos consequências sociais”, afirmou.
Pedro
Marques disse que “o investimento francês já criou em Portugal dezenas
de milhares de posto de trabalho” e que é por aí que o Governo quer
continuar.
O ministro afirmou ainda que o Governo vai “continuar a
trabalhar para manter o mesmo ritmo de apoio ao investimento”,
garantindo que “os fundos europeus ao dispor” de Portugal “vão estar
rapidamente ao serviço do apoio ao investimento”.
Quem também
sublinhou a importância do investimento francês em Portugal foi o
embaixador de França no país, Jean-François Blarel.
“A presença
francesa, muito antiga, tem uma grande importância na economia
portuguesa, representa 3,6% do valor acrescentado gerado pelas empresas
não financeiras em 2014, o que faz com que França seja agora o principal
investidor estrangeiro em termos de valor acrescentado gerado em
território português”, disse Jean-François Blarel.
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O diplomata salientou que os resultados “também são significativos” em termos de emprego, exportações ou de inovação.
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“Esta
presença reforçou-se ainda mais desde há cinco anos, apesar da crise
que o país atravessou, ao contrário do que aconteceu com os nossos
concorrentes”, disse.
Em destaque estiveram os investimentos da
Vinci, que adquiriu a ANA – Aeroportos de Portugal em 2013, e da Altice,
através da compra da PT Portugal no ano passado.
Ainda assim, o
diplomata fez questão de dizer que “estas árvores não devem esconder a
floresta”, dando enfoque “à diversidade dos investimentos franceses para
o crescimento português”.
O anfitrião da conferência, a Caixa
Geral de Depósitos (CGD), através do seu presidente executivo, José de
Matos, falou sobre a presença do banco em França e aproveitou para
afirmar a importância “de toda atividade de investimento estrangeiro em
Portugal”, seja francês ou de outras origens.
“A CGD está presente
em França desde 1975, através de uma sucursal da Caixa. Somos em França
o maior banco português, temos 48 agências, e o segundo maior banco
estrangeiro com maior rede de retalho e a sucursal assume-se como banco
de referência à comunidade portuguesa”, disse José de Matos.
O
presidente da CGD abordou também a questão das exportações portuguesas
para França, que em 2015 aumentaram mais de 7%, para 6,42 mil milhões de
euros, assim como as importações, que atingiram os 4,431 mil milhões,
representando uma subida de 6,4%.
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França é segundo maior cliente de Portugal e terceiro fornecedor do país.
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“O
investimento francês em Portugal registou em 2015 um ano muito positivo
face aos anteriores”, disse, dando como exemplos os investimentos
realizados em diversos setores, como as comunicações, automóvel,
aeronáutico, imobiliário ou agrícola.
* Investidores precisam-se mas a economia francesa está a afundar-se.
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