18/03/2016

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HOJE NO
"OBSERVADOR"

França reforçou investimento em Portugal no período de “mais profunda crise”

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, sublinhou o reforço do investimento francês em Portugal no período de “mais profunda” crise económica.

“O reforço da presença do investimento francês em Portugal aconteceu num período difícil, de crise económica profunda”, disse Pedro Marques na 4.ª Conferência Económica Franco-Portuguesa sobre o “Contributo do Investimento Francês para o Crescimento Português”, que decorre hoje em Lisboa, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos.
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O ministro destacou “a importância ainda maior” do investimento francês em Portugal nos últimos anos.

“Houve muitas empresas francesas que apostaram e investiram em Portugal e, ao criarem emprego no nosso país, também reforçaram as nossas condições para passar pela crise, com menos consequências sociais”, afirmou.

Pedro Marques disse que “o investimento francês já criou em Portugal dezenas de milhares de posto de trabalho” e que é por aí que o Governo quer continuar.

O ministro afirmou ainda que o Governo vai “continuar a trabalhar para manter o mesmo ritmo de apoio ao investimento”, garantindo que “os fundos europeus ao dispor” de Portugal “vão estar rapidamente ao serviço do apoio ao investimento”.

Quem também sublinhou a importância do investimento francês em Portugal foi o embaixador de França no país, Jean-François Blarel.

“A presença francesa, muito antiga, tem uma grande importância na economia portuguesa, representa 3,6% do valor acrescentado gerado pelas empresas não financeiras em 2014, o que faz com que França seja agora o principal investidor estrangeiro em termos de valor acrescentado gerado em território português”, disse Jean-François Blarel.
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O diplomata salientou que os resultados “também são significativos” em termos de emprego, exportações ou de inovação.
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“Esta presença reforçou-se ainda mais desde há cinco anos, apesar da crise que o país atravessou, ao contrário do que aconteceu com os nossos concorrentes”, disse.

Em destaque estiveram os investimentos da Vinci, que adquiriu a ANA – Aeroportos de Portugal em 2013, e da Altice, através da compra da PT Portugal no ano passado.

Ainda assim, o diplomata fez questão de dizer que “estas árvores não devem esconder a floresta”, dando enfoque “à diversidade dos investimentos franceses para o crescimento português”.

O anfitrião da conferência, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), através do seu presidente executivo, José de Matos, falou sobre a presença do banco em França e aproveitou para afirmar a importância “de toda atividade de investimento estrangeiro em Portugal”, seja francês ou de outras origens.

“A CGD está presente em França desde 1975, através de uma sucursal da Caixa. Somos em França o maior banco português, temos 48 agências, e o segundo maior banco estrangeiro com maior rede de retalho e a sucursal assume-se como banco de referência à comunidade portuguesa”, disse José de Matos.

O presidente da CGD abordou também a questão das exportações portuguesas para França, que em 2015 aumentaram mais de 7%, para 6,42 mil milhões de euros, assim como as importações, que atingiram os 4,431 mil milhões, representando uma subida de 6,4%.
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França é segundo maior cliente de Portugal e terceiro fornecedor do país.
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“O investimento francês em Portugal registou em 2015 um ano muito positivo face aos anteriores”, disse, dando como exemplos os investimentos realizados em diversos setores, como as comunicações, automóvel, aeronáutico, imobiliário ou agrícola.

* Investidores precisam-se mas a economia francesa está a afundar-se.

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