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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Provedora recomenda à Câmara proibição de animais acorrentados em Lisboa
A provedora dos Animais de Lisboa informou hoje ter
recomendado no início do ano à Câmara Municipal a proibição de animais
acorrentados, por considerar que a situação tem vindo a assumir uma
dimensão preocupante na cidade.
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Numa nota, a provedora, Inês Real, informou pretender que a Camara
proíba, através de um regulamento municipal, o "acorrentamento de
animais de forma permanente na cidade, situação que tem vindo a assumir
uma dimensão que preocupa esta entidade".
A recomendação da provedora tem por base diversas denúncias enviadas por cidadãos durante o ano passado.
"Um dos casos mais graves foi uma denúncia em relação ao
acorrentamento, por tempo indeterminado, de dois gatos. Na altura
constatei que, contrariamente à minha recomendação, as autoridades não
recorreram à apreensão cautelar dos animais", referiu Inês Real.
A provedora pediu à Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) um parecer
"sobre as possíveis implicações que este meio de contenção pode ter na
saúde dos animais" e o organismo considerou que "o acorrentamento por
períodos prolongados pode provocar lesões nos animais".
Desta forma, a provedora "posicionou-se, de forma clara e inequívoca,
contra o uso permanente de correntes para o aprisionamento de animais,
não só pelos danos físicos, como também pelos danos emocionais e
comportamentais".
No parecer enviado à autarquia, Inês Real aconselha ainda a
realização de ações de sensibilização da população para que os animais
do município não sejam mantidos acorrentados.
Os maus-tratos a animais de companhia são criminalizados no Código Penal desde 2014.
A provedora do Animal de Lisboa tem como missão receber e tratar de
queixas sobre a Casa do Animal de Lisboa e fazer recomendações à
autarquia para melhorar as condições dos animais da cidade.
* Nem só as pessoas são importantes, os animais merecem respeito porque são muito mais leais.
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