ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
Negócios polémicos do Sr. privatizações
Contratado para vender o Novo Banco, o ex-governante Sérgio Monteiro vai ganhar um salário bruto superior ao que declarou quando entrou para o executivo de Passos Coelho. Para trás deixa cumprido quase na íntegra um polémico programa de privatizações
Sérgio Monteiro cumpriu quase na íntegra o programa de privatizações (8
alienações de capital e 6 concessões) dos dois governos de Passos
Coelho. Não sem uma dose considerável de polémica. Pelo seu gabinete,
passaram alguns dos dossiês que o Tribunal de Contas rejeitou e que o
novo governo já prometeu reabrir.
TAP
Após recusar no final de 2012 a
proposta de Germán Efromovich, o empresário que colecionava
nacionalidades (filho de pais polacos, natural da Bolívia, tem
passaporte brasileiro, colombiano e polaco), o governo vendeu 61% do
capital da transportadora a 12 de novembro ao consórcio Atlantic
Gateway, liderado por Humberto Pedrosa e David Neeleman, mediante a
obrigatoriedade de injetar 338 milhões de euros na empresa. Em caso de
incumprimento, os bancos credores podem fazer reverter a privatização
para o Estado se o novo Governo do PS não o fizer antes, uma vez que
defende a alienação de apenas 49% da empresa
Concessões
TRANSPORTES DO PORTO E DE LISBOA
Depois de o consórcio espanhol
TMB/Moventis, vencedor do primeiro concurso, não ter apresentado as
garantias bancárias exigidas, Sérgio Monteiro, apesar da polémica,
negociou por ajuste direto, e assinou, a 26 de outubro, a subconcessão
da exploração e manutenção do Metro do Porto e da STCP com a francesa
Transdev e a espanhola Alsa, respetivamente.
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O SR "TESTA DE FERRO" |
O
governante estimou a poupança para o Estado em 120 milhões de euros, ao
longo dos dez anos dos contratos. Mas o processo voltou atrás, quando o
Tribunal de Contas recusou o visto prévio.
Também
a subconcessão, por oito anos, da Carris e do Metro de Lisboa à Avanza,
controlada por capital espanhol, foi devolvida ao governo pelo Tribunal
de Contas, em meados de outubro. A poupança prevista para o Estado é de
215 milhões de euros.
Tal como em
relação aos transportes do Porto, o novo Governo socialista mostrou
vontade de anular a atribuição das concessões feita por Sérgio Monteiro.
E
o Parlamento aprovou, na sexta-feira, 27, dez diplomas destinados a
permitir essa reversão, que serão agora discutidos na especialidade
Renegociação
PPP RODOVIÁRIAS
Um dos "cavalos de batalha" de Sérgio
Monteiro (que enquanto quadro da Caixa BI negociou muitos destes
contratos pelo lado dos privados) permite ao Estado a poupança de 7,35
mil milhões de euros ao longo dos 30 anos das concessões. Mas o Tribunal
de Contas ainda não deu o aval a todos os contratos renegociados.
E a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) estima que essa poupança seja inferior ao avançado pelo governo
ANA
Vendida a 100% em setembro de 2013 ao grupo francês Vinci, por 3,08 mil
milhões de euros, no âmbito de um concurso que registou oito
candidaturas na fase inicial. Alcançou o maior múltiplo de EBITDA do
mundo (16,5 vezes) na venda de uma operação aeroportuária
CTT
Vendidos a 100% em duas fases, num intervalo de nove meses, renderam 909 milhões de euros ao Estado.
Foi a única privatização feita em bolsa pelos executivos do PSD/CDS.
E em tempo recorde
EGF
A venda da empresa de tratamento de
resíduos ao consórcio SUMA (da Mota-Engil) foi uma das operações mais
polémicas, tendo sido contestada pelos municípios nos tribunais.
O encaixe do vendedor (Águas de Portugal) foi de 150 milhões de euros
CP carga
Foi vendida à MSC Rail em julho,
por 53 milhões de euros 51 milhões dos quais foram injetados na
empresa. Quase ao mesmo tempo, o concurso para a venda da EMEF ficou
deserto
Oceanário
A concessão por 30 anos do
Oceanário de Lisboa foi adjudicada em junho à Sociedade Francisco Manuel
dos Santos, (dona do Pingo Doce) por 24 milhões de euros.
* Portugal é um país surreal de cognomes, temos o "paulinho das feiras", o "DDT" acrescenta-se agora o "sr. privatizações" para nós "testa de ferro".
* Portugal é um país surreal de cognomes, temos o "paulinho das feiras", o "DDT" acrescenta-se agora o "sr. privatizações" para nós "testa de ferro".
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