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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Poupança das famílias
renova mínimos históricos
As poupanças das famílias portuguesas continuaram a
cair a um ritmo veloz no ano terminado no terceiro trimestre de 2015,
voltando a atingir um novo mínimo histórico: 4% do rendimento
disponível.
"A taxa de poupança diminuiu para 4,0%
(4,8% no trimestre anterior), o que corresponde ao valor mais baixo
desde o primeiro trimestre de 1999", escreve o Instituto Nacional de Estatística. Isto
é, entre Setembro de 2014 e Setembro de 2015, os portugueses pouparam
apenas quatro euros em cada 100 que tinham disponíveis. O valor mais
baixo pelo menos desde 1999. Uma quebra justificada com um aumento do
consumo (variação de 0,8%), acompanhado por uma ligeira diminuição do
rendimento (-0,1%). A conclusão é retirada a partir dos dados do INE,
publicados esta quarta-feira, 23 de Dezembro.
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Esta quebra de 0,1% do rendimento disponível das famílias resulta de
uma contracção tanto nas remunerações como nos rendimentos de capital,
parcialmente compensado por um reforço das prestações sociais e uma
descida dos impostos. Do lado das remunerações, o principal factor por
trás da descida foram os salários dos funcionários públicos, que caem 2%
no terceiro trimestre do ano. Porquê? Porque no mesmo período do ano
passado não vigoraram os cortes salariais, devido a uma decisão do
Tribunal Constitucional.
Recorde-se que o valor mais baixo das poupanças das famílias tinha
sido atingido no ano terminado no segundo trimestre de 2008, com 5,3% do
rendimento disponível. Seguiu-se uma forte recuperação que colocou a
taxa de poupança acima dos 10%, uma nova descida até ao final de 2011 e
outra recuperação em 2012 que durou até meados de 2013.
Actualmente, a poupança está a seguir uma trajectória violenta de
descida, com uma queda de 3,3 pontos percentuais em apenas quatro
trimestres.
* A existência de um novo governo não provoca alteração brusca da gravidade da situação herdada, agradeçam à PàF poderem poupar tão pouco.
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