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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Discussão entre eurodeputados portugueses domina Parlamento Europeu
"Todos os esforços, tão prometedores" do povo português postos em risco pela esquerda, acusou Paulo Rangel
Os
deputados portugueses, no Parlamento Europeu, em Bruxelas,
protagonizaram hoje um momento de discussão acesa, sobre a rejeição do
programa do governo. O social-democrata Paulo Rangel lançou o tema e
ouviu as críticas das deputadas do Partido Socialista, Elisa Ferreira e
Ana Gomes e da deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias.
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O
debate tinha como tema a governação económica da zona euro, e contava
com a presença do vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis
Dombrovskis, o qual acumula a pasta do Euro. Mas, Paulo Rangel
aproveitou a presença do comissário para lembrar que "foi feito um
acordo pelas forças da extrema esquerda, com o Partido Socialista, que
põe em causa o equilíbrio, em Portugal", considerando ainda que "todos
os esforços, tão prometedores e instigadores, feitos pelo povo
português, podem estar em risco".
Mas, a
eurodeputada socialista Elisa Ferreira quis esclarecer que o acordo
"não põe minimamente em risco nem os compromissos relativos ao pacto de
estabilidade e crescimento, nem os objectivos orçamentais de médio
prazo". Elisa Ferreira disse que "todas as propostas", do programa
socialista, "foram trabalhadas com um detalhe que não existe no programa
da PaF".
Antes data intervenção, a
deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias tinha perguntado a Paulo
Rangel "se ele não sabe que o problema de Portugal é mesmo o desemprego,
a falta de procura, a pobreza e a situação miserável a que o governo
trouxe o país, com a ajuda das reformas estruturais".
"Qual
é a contradição entre melhorar o mercado de trabalho, melhorar os
salários, a procura e o crescimento económico e o desenvolvimento",
questionou ainda Marisa Matias.
Paulo
Rangel pediu para responder, dizendo que todos sabem que "o Bloco é um
partido da esquerda radical, que está contra a União Europeia, tal como
nós a concebemos e contra o euro, tal como nós o concebemos. Por isso, é
natural que para um partido que não está preocupado com o défice (...) e
que acha que deve haver um perdão unilateral de dívida de 50 ou 60%,
nada disto faça sentido".
Por seu lado,
a deputada socialista, Ana Gomes, na presença do comissário
Dombrovskis, acusou a comissão de "não ver o esquema de benefícios e
isenções fiscais, que em total opacidade, o governo português prosseguiu
nestes quatro anos, favorecendo as grandes empresas e o grande capital,
enquanto sobrecarregava de impostos quem trabalha".
Ao
início da tarde, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis
Dombrovskis escusou-se hoje a comentar a situação política em Portugal,
mas defende que o país deve seguir "o pacto de estabilidade, "como todos
os outros países". O comissário, que acumula ainda a pasta do Euro,
lembrou que o país tem "compromissos".
Questionado
pelo DN, durante a conferência de imprensa da Comissão Europeia, sobre
se vê margem de manobra para o futuro executivo aliviar austeridade, o
comissário disse esperar que Portugal se "mantenha no caminho das
reformas".
* O sr. Paulo Rangel já se definiu há muito tempo quando inúmeras vezes elogiou o sr. José Barroso, desertor emérito de compromissos para com o povo português. Só diz baboseiras.
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