04/11/2015

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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Brasil vive “momento crítico”
 OCDE prevê recessão de 3,1%

O Brasil vive um “momento crítico” e a sua economia deverá recuar 3,1% este ano e 1,2% em 2016, segundo o relatório da síntese económica da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico), divulgado esta quarta-feira.
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A organização considera que o Brasil está a atravessar “um momento crítico”. A situação orçamental é “desafiante”, a inflação está elevada e os ventos favoráveis dos altos preços das matérias-primas estão a perder força. Todos estes fatores, sublinha a OCDE, estão a colocar pressão ma economia.

A organização estima que a inflação no Brasil termine o ano em 9,4% (acima da meta do Governo, de 6,5%), mas prevê que a taxa caia para 4,9% em 2016. No relatório defende-se que o país ajuste as contas públicas para recuperar a confiança do mercado.

A OCDE também apontou para o envelhecimento da população e recomendou a reforma do sistema de pensões. 

“Reformas estruturais ambiciosas são urgentemente necessárias para diminuir as lacunas de produtividade com outras economias emergentes, assegurando, ao mesmo tempo, que todos os brasileiros possam compartilhar os frutos da prosperidade”, disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, citado pelo portal de notícias G1.

Gurría está em visita oficial de três dias ao Brasil desde terça-feira. A OCDE defende que o país direcione os benefícios sociais aos menos favorecidos, e não àqueles que se juntaram com sucesso à classe média, e invista no aumento da produtividade.

O secretário-geral da OCDE participou em Brasília, no lançamento do relatório e de um documento de revisão da política ambiental, ao lado dos ministros brasileiros da Fazenda (Finanças), Joaquim Levy, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Num outro evento público realizado, Gurría defendeu que o debate sobre a gestão do Governo é essencial para dar eficiência às políticas públicas e recuperar a confiança dos cidadãos.

O secretário-geral da OCDE lembra que há provas de como as fraudes em adjudicações podem aumentar o preço dos contratos em 20% ou mais. No Brasil, as licitações públicas representam pouco mais de um quarto das despesas totais do Governo.

* A corrupção é muita e tem conexões fortíssimas às autoridades federais e nacionais.
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