HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Nobel, professor e ex-atriz porno
apontam caminho para a felicidade
Entre hoje e
domingo, o Fórum do Futuro, no Porto, recebe personalidades de áreas tão
diferentes como o prémio Nobel da Física John C. Mather ou a atriz
Sasha Grey
O que é a felicidade? A
resposta pode ser dada entre hoje e domingo no Fórum do Futuro, no
Porto, por personalidades como o prémio Nobel da Física John C. Mather, a
antiga atriz de filmes pornográficos Sasha Grey e o professor de
Marketing Aaron Ahuvia. O Nobel da Física, que abre o evento, antecipou
ao DN que "devemos estar felizes pelo nosso lugar no universo, porque
somos as únicas criaturas conhecidas capazes de viajar no espaço e de
criar inteligência artificial". Mas, atenção, "há vida noutros
planetas".
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Ao DN, o prémio Nobel da
Física disse que "devemos estar muito orgulhosos do que conseguimos
alcançar com a nossa história, como a viagem à lua, e desejar planear
uma longa vida por biliões de anos". Pelo que, sustenta, "somos
claramente especiais e também estamos conectados uns com os outros, e
com a história do universo". Por isso mesmo, Mather defende que "o nosso
destino é incrível, interessante e fascinante". É isso mesmo que vai
abordar pelas 21.30, no Teatro Rivoli, numa iniciativa do pelouro da
cultura da câmara do Porto, assinalando-se o Ano Internacional da Luz
O
astrofísico vai ainda falar sobre a história do universo, como chegámos
aqui desde o Big Bang até agora, a formação das galáxias e das
estrelas, assim como a esperança de encontrar vida noutros planetas.
"Devemos procurar e ver se alguém nos envia sinais de que estão ali,
porque há outra civilização por aí noutros planetas. Mas não são como
nós." O que, refere, "torna a nossa posição ainda mais importante,
porque somos únicos ou podemos ser únicos".
Contou
ainda sobre a sua experiência como coordenador do "poderoso" Telescópio
Espacial James Webb, na agência espacial norte--americana NASA, que
será lançado em 2018. "Vai permitir ver as primeiras estrelas a nasceram
depois do Big Bang, e saber se há planetas similares ao nosso com água,
oceano, e, por consequência, com vida".
A
revista Time selecionou-o, em 2012, como uma das 25 figuras de
referência na ciência espacial. Com o seu trabalho em torno do Cosmic
Background Explorer - Explorer 66 - reconhecido como o início da
cosmologia como ciência precisa, foi distinguido, em 2006, com George
Smoot, com o Prémio Nobel da Física.
Mas,
afinal, o que é a felicidade para Mather? "É saber que trabalho em algo
com que me preocupo muito, que o que fazemos é importante, e os nossos
colegas e família estão connosco." Ainda assim, garante que o sucesso
não é importante para a felicidade. "É apenas uma opinião intelectual
sobre alguma coisa." Para o Nobel, "a felicidade vem de dentro, é uma
escolha que as pessoas fazem. Escolho ser feliz e não espero que o mundo
seja de uma determinada maneira para eu o ser". E conclui: "Não me
interesso por coisas materiais."
Dinheiro não traz felicidade
Também
o especialista em marketing Aaron Ahuvia, que antecipou ao DN a sua
intervenção de amanhã, diz que "o materialismo é mau para a felicidade,
pois o consumidor acaba por querer cada vez coisas mais caras e gastar
mais dinheiro". O que acarreta infelicidade. Até se pode tornar obsessão
e, como tal, perigoso.
Este professor
de Marketing da Universidade do Michigan-Dearborn College of Bussiness
foi o "primeiro a estudar, de uma forma científica, o tópico das pessoas
se apaixonarem por uma coisa que compram". Aaron explica que quando
fala de negócios usa a expressão Brand Love, já de forma em geral
utiliza o termo "amor não-interpessoal".
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Além do Brand Love, Aaron é um
reputado especialista na pesquisa sobre o amor e a felicidade. Estudou,
durante dois anos, centenas de artigos sobre o porquê das pessoas se
apaixonarem e usou-os na sua dissertação para investigar quando se
apaixonam pelos produtos que compram - o Brand Love. Entrevistou 70
pessoas, entre os 25 e os 50 anos, das quais selecionou algumas para uma
fase posterior. A maioria disse apaixonar-se por coisas que não pessoas
e elegeu no topo da lista a natureza, o estar em sítios bonitos.
Aaron
explica que as pessoas escolheram coisas que oferecem conexão,
simbolizam e lembram outras pessoas, como, por exemplo, presentes que
lhes ofereceram ou um objeto que estava na família há muito tempo.
Também gostam de futebol, porque convivem com os amigos nos jogos.
Constatou que sentem necessidade de fazer diferença, da sua vida ter um
sentido. Os mais novos selecionaram ainda os telemóveis e os
computadores, porque contactam com amigos e estão relacionados com a
felicidade que essas amizades acarretam. Já os mais velhos elegem, por
exemplo, a casa e o carro por serem a sua identidade.
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O CAMINHO PARA A FELICIDADE |
* Infelizmente na notícia vericamos que Sasha não dá um pequeno ar da graça da sua oralidade, tentámos compensar a falha.
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