HOJE NO
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Governo confirma adiamento da entrega
. de plano orçamental a Bruxelas
. de plano orçamental a Bruxelas
O Ministério das Finanças confirmou hoje ter
comunicado à Comissão Europeia que não irá enviar até dia 15 deste mês
os traços gerais do Orçamento do Estado para 2016 por considerar ser o
próximo governo a ter essa tarefa.
Fonte oficial
do ministério liderado por Maria Luís Alburquerque afirmou à Lusa que o
Governo "enviou no dia 02 de Outubro uma carta à Comissão Europeia a
informar que não enviaria o 'draft budgetary plan' [plano geral
orçamental] pois, e devido às eleições de dia 04 [de Outubro], apenas o
novo Governo tem plena legitimidade para apresentar um orçamento".
.
O jornal Correio da Manhã divulgou hoje o conteúdo da carta assinada
pela ministra das Finanças para Pierre Moscovici, comissário europeu dos
Assuntos Económicos, em que Maria Luís Albuquerque diz que "houve
alterações materiais que motivaram a actualização de previsões
macroeconómicas subjacentes à trajectória orçamental apresentada" em
Abril.
Pelo que "entende este Governo que essa revisão deverá ser
concretizada pelo novo governo resultante das legislativas, no contexto
de preparação da proposta de lei do novo Orçamento do Estado para 2016
[OE2016]", adianta a carta.
Na carta, a ministra das Finanças sublinha que "o actual Governo vem
por este meio reiterar os compromissos de disciplina orçamental
assumidos no Programa de Estabilidade para 2015-2019, tanto no ano
corrente como para o próximo ano".
O último Programa de Estabilidade apresentado em Abril prevê um
crescimento de 1,6% para este ano e de 2% no próximo ano, sendo que,
dentro deste cenário, o Governo de Passos Coelho tinha programado a
redução dos cortes salariais da Função Pública em mais 20% em 2016.
Ou seja, os funcionários com vencimentos acima de 1.500 euros teriam
60% dos cortes em 2016, e assim sucessivamente até 2019 em que seriam
anulados.
No dia seguinte às eleições legislativas, a 05 de Outubro, a Comissão
Europeia disse esperar que o Governo português entregue até dia 15 de
Outubro um projecto de orçamento para 2016, apesar das eleições
legislativas, podendo eventualmente "complementar" o documento
posteriormente.
O comissário dos Assuntos Económicos disse na altura não ver "nenhuma
razão para alterar a data. "(…) As datas não mudam”, mesmo em cenários
de eleições, referindo-se à data limite prevista no quadro do “semestre
europeu” de coordenação de políticas económicas, que prevê que os
Estados-membros da zona euro devem entregar os planos de orçamento para o
ano seguinte a Bruxelas até 15 de Outubro.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também apontou que “a
data de 15 de Outubro é uma data fixada, aplicável a todos os países”
do euro, mas sublinhou que o procedimento relativamente a Portugal, que
teve eleições legislativas em Outubro, deverá ser aquele que já se
verificou no passado com outros Estados-membros cujo processo de
apresentação dos planos orçamentais coincidiu com o da formação de um
novo governo.
“Percebo a questão, porque há uma complexidade com as eleições e a
formação de um novo governo, mas não é a primeira vez que temos que
lidar com um novo governo no meio deste processo. Por isso, em
princípio, as mesmas datas aplicam-se a Portugal, e possivelmente um
novo governo quererá complementar as propostas numa fase mais adiantada
no ano, já fizemos isso antes”, disse Jeroen Dijsselbloem.
* Com este governo de amadores que dá o dito por não dito, sempre à espreita de passar entre os pingos da chuva, como é que a comissão nos pode levar a sério.
Consta que Assunção vai deixar a lavoura e passa para os pratos pendentes, já sabemos para onde irá pender.
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