HOJE NO
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Isabel Silva premiada pelo novo tratamento da doença da próstata
O trabalho da investigadora do Porto esteve a concurso com outras 300 comunicações provenientes de mais de 30 países.
Isabel Silva começou por ser mais uma entre 300 jovens cientistas com
ideias para mostrar ao mundo. E acabou por ser a que mais deu nas vistas
com o seu trabalho que propõe um novo mecanismo para tratar a doença da
próstata.
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A sua investigação foi distinguida com o prémio “Melhor
Comunicação-Painel em Investigação Clínica” e foi apresentada na reunião
mundial da International Society for Autonomic Neuroscience (ISAN), uma
sociedade científica composta por investigadores especializados no
estudo do sistema nervoso autónomo.
Os congressos da ISAN são reuniões de âmbito mundial que acontecem
todos os anos. Esta edição decorreu em Stresa (Itália), na última semana
de Setembro, e estiveram a concurso três centenas de investigações
oriundas de mais de 30 países. Isabel Silva, estudante do Programa
Doutoral em Ciências Biomédicas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar (ICBAS), foi premiada por um trabalho que propõe um novo
mecanismo para o tratamento da hiperactividade vesical em homens com
hiperplasia benigna da próstata.
Este mecanismo – anunciou ontem a Universidade do Porto em comunicado
– foi descrito agora pela primeira vez, sendo um passo decisivo para
desenvolver no futuro um medicamento para tratar uma doença frequente em
homens com mais de 50 anos. A hiperplasia prostática benigna pode
provocar estreitamento da uretra e dificultar o fluxo da urina. Como a
bexiga não se despeja por completo de cada vez que se urina, o resultado
é sentir uma necessidade cada vez maior de ir à casa de banho,
sobretudo à noite (nictúria).
O estudo apresentado pela investigadora do Porto foi realizado no
âmbito da colaboração entre o Laboratório de Farmacologia e
Neurobiologia do ICBAS, o Centro para a Descoberta de Fármacos e
Medicamentos Inovadores (MedInUP) do ICBAS e o Serviço de Urologia do
Centro Hospitalar do Porto (CHP).
De acordo com a Universidade do Porto, a curto/médio prazo o foco
principal deste trabalho, já publicado na revista “Autonomic
Neuroscience: Basic and Clinical”, é conseguir tratar a sintomatologia
urinária persistente associada à irritabilidade da bexiga (mesmo após a
remoção cirúrgica da próstata) com uma nova classe de medicamentos
inovadores, eventualmente mais eficazes que os usados habitualmente,
cujo sucesso tem sido limitado devido aos seus efeitos adversos.
A proposta deste novo alvo terapêutico está suportada por outras
quatro publicações recentes da equipa liderada por Paulo Correia de Sá,
duas das quais publicadas no ano passado em revistas científicas e para
as quais foram realizados estudos com animais de laboratório. A
investigação, aliás, acabou por ser incluída no Top 1% dos artigos mais
citados a nível mundial na área da farmacologia, diz a Universidade do
Porto em comunicado.
* Em primeiro lugar damos os parabéns à investigadora Isabel Silva, mais uma vez a inteligência e trabalho português a destacar-se.
No resto a notícia é confusa, refere mecanismo(?), depois medicação, alguém esclarece? Quando existirá definitivamente a noção de que uma notícia é para esclarecer, não para confundir?
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