HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
CMVM aplica multa de 500 mil euros
a corretora canadiana por
manipulação de mercado
A CMVM aplicou uma coima de 500 mil euros à corretora canadiana
Biremis Corp. e uma outra de cem mil euros à empresa sueca Neonet. No
entanto, a corretora escandinava conseguiu com que a penalização fosse
suspensa. Em relação à Biremis Corp., entidade que já havia sido
penalizada pelo regulador financeiro norte-americano, a CMVM considerou
que violou, a título dolos, o dever de defesa do mercado.
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DIAGRAMA DA MANHOSICE |
Esta empresa inseria ofertas fictícias no sistema de negociação “de
montantes cumulativamente elevados, cancelando-as em massa segundos
depois – processo que repetiu ora de um lado ora de outro do livro de
ofertas – provocando a alteração das condições normais da oferta e da
procura daqueles títulos nas referidas sessões de negociação, assim
perturbando o processo de formação de preços e afectando a regularidade,
a transparência e a credibilidade do mercado”, referiu a CMVM.
Essas operações ocorreram em 2008 e 2009 e envolveram acções da
Semapa, da Brisa, da Zon, da Mota-Engil e da Altri. Em 2012, a Biremis
Corp. viu a sua licença revogada pela norte-americana SEC, por utilizar
os mesmos esquemas de manipulação de mercado. Segundo o regulador dos
EUA, os ‘traders’ da empresa utilizaram essa táctica entre 2007 e 2010.
Além da Biremis, a CMVM aplicou também uma coima de cem mil euros à
empresa de serviços de execução de acções sueca Neonet, “pela violação, a
título negligente, do dever de defesa do mercado”. O regulador refere
que a Neonet permitiu “a inserção no sistema de negociação, por parte da
Arguida Biremis, de ofertas fictícias de montantes cumulativamente
elevados, cancelando-as em massa segundos depois”.
No entanto, o Conselho de Administração da CMVM acedeu “à suspensão
total da execução da coima aplicada, pelo prazo de dois anos”. Justifica
essa decisão com os “esforços da Arguida Neonet posteriores à
ocorrência dos factos no sentido de adequar a sua estrutura interna e os
seus procedimentos de modo a permitir detectar este tipo de situações e
impedir que as mesmas se repitam no futuro”.
* O mundo está mais desigual por causa da ditadura dos fundos financeiros, do oportunismo das corretoras e da permissividade das entidades fiscalizadoras.
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