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DA MADEIRA"
Risco cardiovascular de hipertensos na Madeira é maior do que no continente
Os doentes hipertensos da Madeira registam um maior risco de desenvolver
doenças cardiovasculares do que os avaliados no continente, mas são os
que têm a tensão arterial mais controlada, segundo um estudo que será
divulgado a 29 de setembro.
O trabalho, intitulado "Avaliação e Controlo da Hipertensão Arterial em
Medicina Geral e Familiar na Região Autónoma da Madeira" (Control-RAM) e
coordenado pelo diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa
Maria da Feira, será apresentado no âmbito das iniciativas do Dia
Mundial do Coração.
O objetivo foi "avaliar o perfil clínico de pacientes hipertensos e as
taxas de controlo da pressão arterial no contexto dos cuidados de saúde
primários na Madeira, em comparação com Portugal continental", diz o
responsável.
O estudo teve por base uma amostra de 961 adultos residentes na Madeira -
363 homens e 598 mulheres com idades entre os 21 e os 94 anos -- e que
são seguidos nos centros de saúde da região.
Também estiveram envolvidos 69 médicos de clínica geral (dos 141 que trabalham na Madeira), em 23 centros de cuidados primários.
A avaliação concluiu que "o perfil de risco cardiovascular dos
hipertensos é mais grave na Madeira do que em Portugal continental em
todos os escalões, exceto no escalão de baixo risco", apontando que os
"doentes hipertensos da Madeira (39,3%) com maior risco de doenças
cardiovasculares do que os do continente (27,6%)".
"A pressão arterial está mais controlada na Madeira (50,9%) do que em Portugal continental (46,5%)", refere.
Outro ponto aferido é o de que existem "importantes diferenças entre
géneros, com os homens a apresentarem um maior risco cardiovascular nos
escalões de risco alto (36,6%) e risco muito alto (22,9%), existindo um
pior controlo da pressão arterial (40,5%) do que as mulheres (57,2%)".
Sobre a utilização de fármacos para tratar a hipertensão arterial, os
investigadores verificaram que o uso de três ou mais fármacos é maior na
região (24,2%) do que no continente (15,2%).
O coordenador deste projeto considera que "a identificação dos fatores
responsáveis pelas diferenças entre a Madeira e Portugal continental é
necessária para implementar políticas específicas de prevenção
destinadas a melhorar o diagnóstico, tratamento e controlo da
hipertensão".
* A hipertensão começa por se controlar colocando um fecho éclair na boca.
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