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Estudo mostra porque motivo
os países europeus acolhem
"cérebros" portugueses
Um estudo realizado por vários investigadores de
instituições de Ensino Superior nacionais sobre a "fuga de cérebros" de
Portugal para países europeus concluiu que os locais que absorvem
portugueses "confiam" no sistema educativo português.
O estudo chama-se
"Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe" (BRADRAMO),
que em português pode traduzir-se por "Êxodo de competências e
mobilidade académica de Portugal para a Europa" e foi feito através de
um questionário online a uma amostra intencional e não aleatória
composta por 1.011 portugueses detentores de um diploma de Ensino
Superior que estivessem a trabalhar ou a residir noutro país europeu ou
que o tivessem feito nos seis anos anteriores.
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Em declarações à agência Lusa, o coordenador do BRADRAMO, Rui Gomes,
explicou que o conceito de "êxodo" é muito próximo de uma decisão
definitiva em que existe uma perda para o país emissor e um ganho do
lado do país receptor, por oposição à noção de "diáspora" que significa
trocas tendencialmente iguais entre os países.
Rui Gomes destacou de entre vários aspectos o "indicador de confiança
no sistema educativo português", garantindo que "não existe de todo
neste estudo referência a dificuldades [mencionadas pelos portugueses
que decidem emigrar] relacionadas com a formação inicial".
"Há um reconhecimento de que as competências adquiridas foram
importantes na capacidade de obter boas posições no sistema económico,
académico e cultural dos países de emigração, lugares não conseguidos em
Portugal", descreveu Rui Gomes que falava à margem da conferência "Fuga
de Cérebros: A Mobilidade Académica e a Emigração Portuguesa
Qualificada" que hoje está a decorrer na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
O coordenador do BRADRAMO avançou que os portugueses que decidem
partir para outros países da Europa "sentem valorizadas as suas
competências profissionais e por oposição sentem uma enorme
desvalorização do diploma internamente", dai que, continuou, "os
factores de realização pessoal" assumam "um valor tão elevado" na
motivação para ir para fora.
O BRADRAMO teve início em 2013, sendo financiado pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia (FCT), bem como por fundos europeus, e envolve
investigadores de três universidades portuguesas - Coimbra, Porto e
Lisboa -, bem como de vários centros de investigação.
Além da análise dos dados e da troca de reflexões através da
apresentação de outros estudos sobre temas semelhantes, hoje também foi
lançado um livro que tem como base os resultados do BRADRAMO,
nomeadamente o facto de a emigração ter "efeitos claros" no emprego, uma
vez que 36,1% dos inquiridos estavam desempregados em Portugal e apenas
3,8% se encontram nessa situação no país de destino.
Por outro lado a emigração está também associada a um aumento dos
rendimentos, uma vez que mais de 70% dos inquiridos declararam que
recebiam m Portugal um salário inferior a 1.000 euros, enquanto mais de
metade aufere um montante superior a 2.000 euros no país de destino.
O livro chama-se "Fuga de cérebros: retratos da emigração portuguesa
qualificada", estando compilados 20 retratos sociológicos de pessoas
entrevistadas para este estudo que também revela dados que os
responsáveis consideram "curiosos" como que 27% dos inquiridos não se
declara como emigrantes, 34% diz ser "cidadão do mundo" e 32% diz ver a
mobilidade como "uma opção".
* É na verdade um ÊXODO, graças à incompetência e à ignorância deste governo, raros irão ser os que regressam a Portugal, costuma dizer-se "o meu país é a terra onde me tratam bem".
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