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Plataforma de Apoio aos Refugiados
. nasce em Portugal
. nasce em Portugal
A sociedade civil portuguesa uniu esforços e criou a Plataforma de Apoio aos Refugiados.
O objetivo é ajudar a minimizar o impacto da grave crise humanitária
que se vive atualmente a nível mundial. A iniciativa foi apresentada
publicamente sexta-feira.
Cerca de três dezenas de organizações de solidariedade social
mobilizaram-se, a par do Estado para acolher e integrar famílias
refugiadas e no apoio aos refugiados no seu país de origem. A Plataforma
conta ainda com o apoio de vários órgãos de comunicação social e
organizações como a Conferência Episcopal Portuguesa ou a Fundação
Calouste Gulbenkian
As duas áreas chave de atuação são a PAR Famílias e a PAR Linha da Frente.
“Por estar em curso a maior crise de refugiados/migrantes desde a II
Guerra Mundial, estas organizações tem noção da urgência da ação
humanitária, tentando por isso dar uma resposta imediata de acolhimento,
sem ignorar as intervenções com impacto a médio e longo prazo, como a
estabilização política, económica e social das zonas de crise”, refere
Rui Marques, presidente do Instituto Padre António Vieira (IPAV) e um
dos mentores desta iniciativa. “Muitas destas instituições da sociedade
civil têm vontade, disponibilidade e experiência no acolhimento de
refugiados, o que através de um modelo colaborativo e articulado,
permite-lhes dar um contributo para este desafio, em complementaridade
com a ação do Estado”.
PAR Famílias
O PAR Famílias tem como objetivo criar um projeto de acolhimento e
integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal, em
contexto comunitário, com o envolvimento de instituições locais (IPSS,
Autarquias, Associações, Instituições Religiosas, Escolas, entre outras)
que assumam essa responsabilidade face a uma família concreta.
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De acordo com a informação disponibilizada à imprensa, o objetivo é
que haja uma maior concentração na prioridade dos refugiados mais
vulneráveis: crianças com as suas famílias (ou desacompanhadas). Haverá
uma seleção das famílias beneficiárias ainda no estrangeiro,
tendencialmente dentro do Espaço Schengen, partir dos centros de
acolhimento das instituições parceiras desta Plataforma (nomeadamente
Cáritas e Serviço Jesuíta dos Refugiados – JRS). Será também feita uma
proposta de um Contrato de acolhimento e integração, que serão feitos
num contexto local, sem recurso a modelos de centros de acolhimento.
Irá também constituir-se uma PAR Instituição/Família, através da
qual, é garantindo que essa instituição assegura à família em questão,
todo o processo de acolhimento e integração ao longo de um ano, com um
segundo ano de redução gradual de apoio, face à sua desejada
autonomização progressiva.
O acolhimento e integração deverão ser feitos tendo em vista a
autonomia – integração dos adultos no mercado de trabalho, e das
crianças na escola; deverá haver um apoio na aprendizagem de português,
na integração na escola das crianças, no acesso à saúde, e na integração
no mercado de trabalho. Para finalizar deverá ser aplicada uma formação
às instituições de acolhimento, nomeadamente para as dificuldades
típicas destes processos e para saberem como evitá-las.
Além disso deverá ser negociado com as autoridades portuguesas a
atribuição do título de autorização de residência por razões
humanitárias.
Par Linha da Frente
Esta área de atuação tem como objetivo o apoio aos refugiados nos
países de origem ou vizinhos, através do trabalho da Cáritas e do JRS,
recolhendo fundos para apoio ao trabalho local com população em risco
(deslocados internos) e refugiados, permitindo-lhes viver com mais
dignidade e segurança.
Para apoiar os refugiados nos seus países de origem deverá ser feita uma Campanha de recolha de fundos para o trabalho da Cáritas e do JRS no Médio Oriente
(particularmente Síria, Líbano e Jordânia), no apoio a refugiados e
deslocados internos. Além disso deverá ser criada uma conta bancária
específica para o efeito, e com a totalidade dos donativos a reverter
para o trabalho na linha da frente no apoio a estas pessoas.
“Esta iniciativa abrange não só as instituições mas também os
indivíduos no geral. Qualquer pessoa pode ajudar os refugiados e
minimizar o impacto desta crise mundial. Para isso existe a
possibilidade de donativos, de acolhimento de famílias, através de uma
instituição com a qual esteja ligado e que assegure a rede de apoios
locais para assegurar alojamento, alimentação, acesso à saúde e
educação, acesso ao trabalho e aprendizagem do português. Promover a
consciência cívica junto dos colegas e amigos é também um fator muito
importante”, conclui Rui Marques.
Até ao momento aderiram a esta Plataforma:
Amnistia
Internacional. APGES. CAIS. Cáritas Portuguesa. CNIS – Confederação
Nacional de Instituições de Solidariedade. Conferência dos Institutos
Religiosos de Portugal. Congregação das Escravas do Sagrado Coração de
Jesus. Comissão Nacional Justiça e Paz. Comité Português para a UNICEF.
Comunidade Islâmica de Lisboa. Comunidade Vida e Paz. Corpo Nacional de
Escutas. Conselho Português para os Refugiados. Cruz de Malta. EAPN
Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza. Fundação Gonçalo da Silveira.
Fundação Montepio. GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania
Empresarial. Instituto Padre António Vieira. Ordem Hospitaleira de S.
João de Deus. Serviço Jesuíta aos Refugiados. Obra Católica Portuguesa
das Migrações. OIKOS. Conferência Episcopal Portuguesa. Conselho
Nacional de Juventude. Fundação AIS. Fundação Calouste Gulbenkian. IES
Social Business School. Instituto de Apoio à Criança.
Outros apoios:
Conferência Episcopal Portuguesa. Fundação
Calouste Gulbenkian. RTP. SIC. Rádio Renascença. Grupo Media Capital.
TSF. Expresso. Visão. LIFT. pjump.com. Sociedade Independente de
Comunicação.
* Dada as condições brutais em que vivem os refugiados tudo o que se fizer por eles é pouco, mas a conjugação de esforços da sociedade civil é extraordinária.
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