HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Mundial de estrada:
Seleção preparada para
"fazer o impossível" na prova de fundo
O trio de luxo que, no domingo, vai representar
Portugal na prova de fundo dos Mundial de estrada, em Richmond (Estados
Unidos), está preparado para "fazer o impossível" e tentar conquistar o
segundo "arco-íris".
"Repetir-se o título de
campeão do Mundo é possível. Basta estarmos cá para isso ser possível,
mas sabemos que não é fácil, que vai ser muito complicado. Cá estaremos
para fazer o impossível. Nós os três estamos em excelente forma",
assegurou à agência Lusa Nelson Oliveira que, juntamente com Rui Costa,
campeão em Florença'2013, e José Gonçalves, irá tentar trazer o ouro
para Portugal.
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A estrear-se no Mundial,
depois de ser uma figura omnipresente nas fugas da última Volta a
Espanha, José Gonçalves, que reconheceu à Lusa estar a viver um sonho,
resumiu as suas expetativas a "tentar fazer o melhor possível", mas não
escondeu estar já a acusar o cansaço das últimas competições, um fator
que pode ser crucial num percurso de 259,2 quilómetros.
"Penso
que vai ser uma corrida bastante seletiva, os últimos quilómetros têm
três subidas curtas, que com o acumular dos quilómetros vai-se fazer
muito exigente. Penso que a partir das últimas três voltas a corrida vai
acelerar. Prevê-se chuva para esse dia, o que ainda vai complicar mais
as coisas", prosseguiu Nelson Oliveira.
O
traçado de 16,2 quilómetros de Richmond (Vírgina), que será percorrido
por 16 vezes, tem as suas principais dificuldades - que, ainda assim,
são pouco exigentes - concentradas na parte final, o que alarga
consideravelmente o leque de candidatos.
Enquanto
Gonçalves (Caja Rural) arrisca apontar John Degenkolb, Peter Sagan,
Arnaud Démare, Alejandro Valverde e Vincenzo Nibali, o futuro ciclista
da Movistar é mais cauteloso.
"Favoritos há
muitos, todas as seleções, praticamente, têm um. Num circuito como este é
preciso ter sorte e ousadia. Tudo depende de cada um, da sua forma. Com
um percurso assim, pode lá estar o [Philippe] Gilbert, o atual campeão
do Mundo [Michal Kwiatkowski]. Depois há muitos outros que se dão bem
com os 'pavés' e com as subidas inclinadas e as grandes seleções têm
muitos corredores que podem controlar e fazer a corrida para os seus
líderes. Um favorito a ganhar não se pode dizer qual é", defendeu.
Já
Rui Costa, que falou à assessoria de imprensa da Federação Portuguesa
de Ciclismo (FPC), considera que os favoritos são homens como John
Degenkolb, Simon Gerrans e Peter Sagan.
"A
seleção belga é muito forte, destacando-se o Greg van Avermaet e o
Philippe Gilbert. Há conjuntos muito fortes, mas também equipas mais
pequenas, com dois ou três corredores que podem estar na discussão.
Acredito que será uma corrida muito aberta, visto que há muitas seleções
com vários homens, que irão abrir o jogo nas últimas duas ou três
voltas", perspetivou.
Sobre uma eventual
candidatura, o antigo campeão mundial confessou, em declarações à FPC,
que o Mundial é sempre um objetivo, prometendo dar o seu melhor, mas
recordando que o percurso não é perfeito para as suas caraterísticas.
"O
traçado é muito idêntico ao do Grande Prémio do Québec, mas lá foram
200 quilómetros e aqui são 260. Quando se passa a barreira dos 250 as
coisas mudam muito, é quase uma linha vermelha, que separa quem tem
pernas e quem não tem. Eu espero encontrar-me bem neste dia tão
importante", concluiu.
A prova de fundo do Mundial de Richmond tem início marcado para às 9 horas locais, mais cinco horas em Portugal continental.
* Somos pouco ambiciosos, queremos os 3 primeiros lugares.
* Somos pouco ambiciosos, queremos os 3 primeiros lugares.
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