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"OBSERVADOR"
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Particulares vão poder comprar
e vender dívida do Estado
Governo vai lançar um novo produto de financiamento do Estado. As Obrigações do Tesouro de rendimento variável serão subscritas em bancos, mas podem ser negociadas em bolsa por particulares.
O Governo acaba de aprovar o lançamento das Obrigações do Tesouro de
rendimento variável para particulares, um novo instrumento de dívida
pública a colocar por bancos junto dos clientes particulares. Mas ao
contrário do que acontece atualmente com outros produtos de poupança do
Estado como os certificados de aforro e tesouro, os
particulares poderão comprar e vender estes títulos em bolsa. A primeira
emissão vai ser feita já este ano.
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“O Conselho de Ministros
aprovou hoje a criação de um novo instrumento de divida a colocar junto
dos consumidores de retalho. A taxa de juro é variável, a emitir a médio
e a longo prazo, com maturidades de 5 a 10 anos, a colocar através de
instituições financeiras nacionais a designar pelo IGCP e que podem ser
transacionadas em mercado secundário”, anunciou esta quinta-feira a
ministra das Finanças, no final do Conselho de Ministros.
As taxas de juro serão indexadas ao rendimento associado às
obrigações do tesouro (OT), tradicionais com taxa fixa, e acrescidas de
um pequeno prémio a definir em cada momento, de acordo com as condições
do mercado, esclareceu a titular da pasta das Finanças, referindo-se a
estas novas obrigações como “complemento” dos instrumentos que já
existem como os Certificados de Aforro Poupança Mais e os Certificados
do Tesouro.
Maria Luís Albuquerque garantiu que esta medida “não
decorre de nenhuma dificuldade de financiamento nos mercados
internacionais”, mas é lançada para responder a um “apetite dos
aforradores nacionais”, uma vez que a possibilidade que já existe hoje
em dia de comprar as OT tradicionais em mercado secundário tem “custos
associados pesados” para os clientes particulares.
Os bancos que poderão colocar estas obrigações vão ser escolhidos pelo IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública).
Além
disso, “parece ser útil ter produtos destinados à poupança nacional”,
rematou a governante. Este lançamento coincide com o forte crescimento
do investimento dos particulares em produtos disponíveis de dívida
pública, mas também com uma subida das poupanças aplicadas em depósitos a
prazo, com baixo rendimento.
Estas obrigações terão um mínimo de
subscrição de 1.000 euros e estarão limitadas a um máximo de 1 milhão de
euros por investidor, tal como nos Certificados de Aforro Poupança
Mais.
* Talvez os aforradores sejam menos roubados.
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