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"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Carta rogatória para julgar Duarte Lima por homicídio já está na Procuradoria
A Procuradoria-Geral da República (PGR)
anunciou hoje ter recebido a carta rogatória das autoridades brasileiras
para que o ex-deputado social-democrata Duarte Lima seja notificado
para o julgamento do homicídio de Rosalina Ribeiro, ocorrido em dezembro
de 2009.
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"O pedido de notificação de Domingos Duarte Lima, acompanhado de
ofício do Ministério Público Federal, datado de 28 de julho de 2015, foi
recebido na PGR, por via eletrónica, nessa mesma data", indicou hoje a
PGR à agência Lusa.
A PGR adianta que o pedido de notificação será agora "transmitido à Instância Central Criminal de Lisboa, para execução".
A informação sobre o envio da carta rogatória pelas autoridades
judiciárias brasileiras foi avançada na madrugada de hoje pelo "Sol
online", tendo sido replicada pelo jornal I que refere que Duarte Lima
será intimado nos próximos dias para o julgamento pelo homicídio de
Rosalina Ribeiro, morta a tiro em dezembro de 2009, em Saquarema, nos
arredores de Rio de Janeiro.
Rosalina Ribeiro foi a companheira do milionário português Lúcio Tomé
Feteira, falecido em 2000, e Duarte Lima era o seu advogado num
processo na justiça brasileira relacionado com a herança e que envolvia
também a filha do milionário português.
Anteriormente, o juiz do tribunal de Saquarema decidiu acusar e levar
Duarte Lima a julgamento em tribunal de júri pelo homicídio de Rosalina
Ribeiro. A decisão foi tomada pelo juiz de instrução Ricardo Pinheiro
Machado, da segunda vara do Tribunal de Saquarema, no estado do Rio de
Janeiro.
O pedido para a realização do julgamento perante um júri foi feito,
em requerimento dirigido ao juiz, pelo advogado de defesa de Duarte Lima
no Brasil, João Ribeiro Filho.
No requerimento, a que a agência Lusa teve acesso, o advogado de
Duarte Lima apresentou as alegações finais, considerando que a imputação
de homicídio a Duarte Lima é uma "acusação monstruosa feita de forma
leviana pela autoridade policial e ratificada pelo Ministério Público".
"Não se baseia em nenhum facto verificável, mas em dados falsos e em
meras presunções e especulações, em testemunhos de ouvir dizer ou em
testemunhos clamorosamente falsos, como foi o testemunho da principal
inimiga que Rosalina Ribeiro teve ao longo da sua vida, e sobretudo num
envenenamento sistemático e manipulador dos media pela investigação,
procurando dessa forma criar um facto consumado que conduzisse a uma
condenação antecipada junto da opinião pública e com isso condicionar
uma decisão judicial final", diz o requerimento.
Entretanto, Duarte Lima foi condenado em Portugal a 10 anos de prisão
efetiva por burla qualificada e branqueamento de capitais no caso
Homeland, relacionado com crédito obtido no Banco Português de Negócios
(BPN) para compra de terrenos em Oeiras.
O seu advogado, Soares da Veiga, recorreu da decisão condenatória
para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), que ainda não proferiu
acórdão.
* Como sempre, Duarte Lima é a vítima das vigarices e do possível homicídio que cometeu.
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