28/07/2015

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HOJE NO
 "RECORD"

VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA
Gustavo Veloso é o último a partir
 para o prólogo

O prólogo de seis quilómetros que inaugura quarta-feira a 77.ª Volta a Portugal em bicicleta, em Viseu, vai começar às 15:04, terminando cerca de duas horas depois, com a prestação do espanhol Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa).
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O campeão em título aparece na ordem da partida do prólogo como último ciclista a partir da Avenida da Europa, às 17:20 horas, arrancando logo depois do segundo classificado do ano passado, o português Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista).

Os 137 ciclistas inscritos partem com um minuto de diferença entre si, sendo o belga Daan Myngheer (Verandas Willems) o primeiro a fazer-se à estrada, às 15:04 minutos, para completar o percurso de seis quilómetros com final na Avenida da Europa.

Rui Sousa e Ricardo Mestre candidatam-se à vitória

Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista) e Ricardo Mestre (Team Tavira) confirmaram esta terça-feira a sua candidatura ao pódio da 77.ª Volta a Portugal em bicicleta, uma aposta que, no caso de Ricardo Vilela (Caja Rural), dependerá da Vuelta.

"Acho que depois de cinco pódios e quatro deles consecutivos sonhar com uma vitória na Volta é normal", reconheceu Rui Sousa.

Segundo no ano passado e terceiro nos três anos anteriores, o líder da Rádio Popular-Boavista entende que será difícil chegar de amarelo a Lisboa, no dia 9 de agosto, porque os adversários se prepararam "o melhor possível" e o contrarrelógio joga a favor dos seus dois grandes adversários, Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa) e Alejandro Marque (Efapel).

"Sem dúvida que favorece os adversários, embora eu goste deste contrarrelógio. Nos dois anos em que o fiz estive lá na discussão, pelo menos nos dez primeiros. Agora, eu não posso esperar pelo contrarrelógio, porque eles são muito mais fortes. Tenho que, durante a Volta, até ao dia do contrarrelógio, ver se consigo alguma diferença. Sei que é muito difícil, mas enquanto as minhas forças derem estarei aí para lutar por esta vitória. Eu tenho muita esperança que consiga este ano, aos 39 anos, vencer esta Volta a Portugal", confessou.

Ricardo Mestre, o último dos portugueses a vencer a Volta a Portugal, também se assume como candidato, não à amarela, mas a um bom resultado.

"A concorrência está muito forte. Penso que há favoritos que são mais favoritos do que eu. Penso que poderei estar num bom lugar, mas que há outros favoritos que estão muito bem. O Gustavo e o Marque, derivado ao contrarrelógio, são mais favoritos. Depois está o Rui Sousa, o Jóni Brandão e o Delio Fernández. Aparecerão mais algumas surpresas, como o Ricardo Vilela e outros de que não estamos à espera", enumerou.

Visivelmente feliz e bem mais relaxado do que no ano passado, quando regressou à maior prova velocipédica nacional depois de uma passagem mal sucedida pela extinta Euskaltel-Euskadi e alinhou pela Efapel, o algarvio admitiu que se sente bem no "seu" Tavira.

"Para mim é um ambiente diferente, no qual me sinto mais à vontade, sem pressão. Espero que isso de alguma maneira me acabe por beneficiar. À partida, penso que todos estamos preparados. Venho com a ideia que treinei bem, que fiz as coisas bem, agora espero fazer um bom resultado", concluiu à agência Lusa.

Enquanto Mestre e Sousa não esconde as suas pretensões, Ricardo Vilela mostra-se mais comedido. Pré-selecionado para a Volta a Espanha, que arranca a 22 de agosto, o português da Caja Rural vai condicionar o seu desempenho consoante seja eleito ou não para a prova espanhola.

"Vamos ver como sai a primeira semana. Vamos tentar estar bem na primeira semana e depois tomar a melhor opção pela equipa. Sei que se a presença na Vuelta estiver garantida terei de reservar energias", disse à Lusa.

Sexto classificado em 2014, depois de trabalhar e muito para Gustavo Veloso, o transmontano rejeitou sentir uma pressão extra por liderar a equipa espanhola, a mais cotada desta edição.

"Sempre fui um bom gregário, estar aqui noutra forma de correr será diferente, mas não vejo nisso um entrave. É um passo normal na minha carreira", defendeu.

* O espectáculo nas estradas portuguesas.

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