HOJE NO
"OBSERVADOR"
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Politécnicos lideram no desemprego
São sobretudo politécnicos e ficam no norte ou no interior do país. É este o retrato das instituições de ensino superior com taxas de desemprego mais altas.
Não é propriamente uma novidade, antes uma confirmação. São, em
geral, os politécnicos que menos garantem emprego aos estudantes. Do top
das 10 instituições de ensino superior públicas com maior taxa de
desemprego, constam nove institutos politécnicos e apenas uma
universidade, segundo os dados enviados aos reitores e presidentes de
institutos pelo Ministério da Educação, e a que o Observador teve
acesso.
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Nessa lista de 1o estabelecimentos, de um total de 32
instituições de ensino públicas, aparece no topo uma universidade, a de
Trás-os-Montes e Alto Douro, com uma taxa de desemprego de 15,5%, e
todas as outras instituições são politécnicos, com taxas de desemprego
superiores a 10%, espalhados sobretudo pelo norte e interior de
Portugal. O que não espanta, uma vez que os dados do desemprego entre
licenciados, divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e
Ciência, mostram que é a norte que a taxa de desemprego é mais alta,
com menos oportunidades de emprego nesta região.
Os alunos, tendo ou não em conta já esta dimensão, têm fugido
destas instituições. O Instituto Politécnico de Bragança (em 2.º na
lista), por exemplo, foi o menos escolhido, em 1.ª opção, na primeira
fase de candidaturas ao ensino superior em 2014/15. Apenas 191
candidatos deram prioridade nas suas escolhas a este politécnico, que
abriu 1.843 vagas. Acabaram por entrar nessa fase 469 estudantes
(incluindo aqueles que selecionaram o Politécnico de Bragança noutras
opções), tendo ocupado 25% das vagas apenas.
Os politécnicos da
Guarda, Portalegre, Beja, Castelo Branco, Viseu e Viana do Castelo estão
igualmente entre os menos procurados pelos estudantes.
Precisamente
para levar mais alunos a estas instituições menos procuradas, o Governo
lançou o programa +Superior, que contou com a sua primeira edição em
2014/2015. Este apoio consistiu na atribuição de 1.001 bolsas (mais uma
do que o previsto), no valor de 1.500 euros, a estudantes que
foram estudar para 12 instituições específicas no norte, centro e
Alentejo. Muitas delas constam da tabela abaixo, ou seja, são das que
garantem menos emprego.
Estes dados sobre o desemprego têm de ser
lidos sempre com cautela, pois nem todos os desempregados estão
inscritos em centros de emprego e, por outro lado, muitos podem estar a
trabalhar em ofícios que nada têm que ver com a licenciatura (com ou sem
mestrado integrado) que tiraram. Contudo, são estes os únicos dados que
existem e é a partir deles que as instituições se baseiam para decidir a
abertura de mais ou menos vagas.
* Os Polis dos cursilhos, ganhou-se muito dinheiro.
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