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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Só 33% dos estagiários ficam no mercado de trabalho, diz Tribunal de Contas
Tribunal de Contas diz que apenas 33% dos
estagiários foram em 2014 integrados no mercado de trabalho. IEFP alega
que é prematuro tirar conclusões sobre 2014 e acrescenta que estudos de
2013 apontam para 72%.
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Apenas um terço dos estagiários (33,3%) foram "integrados no mercado de trabalho" após um estágio no ano passado, percentagem inferior à que foi registada no ano anterior (42,4%), revela o Tribunal de Contas (TdC), num relatório sobre a Execução do Orçamento da Segurança Social.
Apenas um terço dos estagiários (33,3%) foram "integrados no mercado de trabalho" após um estágio no ano passado, percentagem inferior à que foi registada no ano anterior (42,4%), revela o Tribunal de Contas (TdC), num relatório sobre a Execução do Orçamento da Segurança Social.
Questionado, o
Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) responde com outros
dados: indica que os estudos relativos a estágios de 2013 apontam para
uma taxa de empregabilidade (na mesma empresa ou em outra) de 71,8%,
seis meses após o estágio, e acrescenta que quaisquer conclusões sobre a
empregabilidade dos estágios terminados em 2014, que só deve ser medida
ao final de nove meses, são "prematuras e pouco rigorosas".
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O
TdC explica que "a redução dos níveis de desemprego verificada" de 2013
para 2014 "foi, em grande medida, compensada pela criação de estágios
profissionais financiados pelo IEFP". Em 2014, a despesa da Segurança
Social com políticas activas aumentou 8,7% e a criação de emprego por
conta de outrem cresceu 1,6% (contra uma quebra de 2,6% em 2013).
"Esta
substituição, que tem o mérito de manter no mercado de trabalho uma
parte da população activa desempregada, ainda que com índices de
precariedade elevados, aspecto que decorre da própria natureza dos
estágios profissionais, não se cuidando aqui de levar em conta a taxa de
integração desta população na vida activa após a finalização do estágio
(em 2013, 42,4% dos estagiários foram integrados no mercado de trabalho
após estágio e em 2014 apenas 33,3%) ao mesmo tempo que produz algum
alívio nos custos de trabalho associados ao sector privado da economia,
terá também o demérito de pressionar negativamente a massa salarial do
sector privado, com consequências directas na arrecadação da receita
contributiva", pode ler-se no documento.
Os dados do TdC
aproximam-se dos que estão publicadas nos relatórios de execução física e
financeira do IEFP, que apontam para uma "colocação na entidade" de
44,5% dos estagiários que terminaram o estágio em 2013 e de 35,6% em
2014, bem como da informação recolhidapelo Negócios em Dezembro, que o
IEFP desmentiu "categoricamente". A questão da empregabilidade dos
estágios– que no ano passado abrangeram mais de 70 mil pessoas – tem
sido tudo menos pacífica.
IEFP baseia-se numa análise de 2013
Questionada
sobre a nova informação do TdC, fonte oficial do IEFP respondeu esta
segunda-feira ao Negócios que "a medida estágios-emprego tem uma
empregabilidade de 70%", seis meses após o estágio.
"A avaliação
mais recente da empregabilidade dos estágios profissionais (relativa
àqueles terminados em 2013)", que resulta do cruzamento de dados com os
da Segurança Social "indica umnível de empregabilidade de70% (mais
exactamente, 71,8%), no prazo de seis meses após a conclusão do
estágio". Nem todos ficam na mesma empresa: "Resulta igualmente que
cerca de 50% (mais exactamente, 49,4%)" dos que encontraram colocação
"está seis meses depois do estágio, a trabalhar na empresa onde o
realizou".
Sublinhando que a empregabilidade relativa a
2014 só pode ser avaliada nove meses após o estágio, o IEFP acrescenta
que "quaisquer conclusões sobre o nível de empregabilidade dos estágios
profissionais que entretanto possam ser retiradas são prematuras e pouco
rigorosas". O Negócios solicitou os estudos, sem sucesso.
* O Tribunal de Contas é um espécie de aponta nódoas. para o governo
.
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