20/07/2015

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A OPERAÇÃO MARQUÊS
11 PERGUNTAS









6ª PERGUNTA: Quais são as datas chaves do processo de Vale do Lobo?
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Em novembro de 2006, um consórcio, a Turpart, empresa detida por Hélder Bataglia, Rui Horta e Costa, Luís Horta e Costa, Diogo Gaspar Ferreira, e Pedro Ferreira Neto, avançou para a compra de 75% da empresa Vale do Lobo, Resort Turístico de Luxo SA.

Na altura, a Caixa Geral de Depósitos era presidida por Carlos Santos Ferreira e aprovou um empréstimo a estes acionistas, no valor de 194 milhões de euros. Armando Vara era então administrador da CGD e tinha a pasta dos investimentos para a zona sul do país. Através de uma empresa própria, a Wolfpart, tornou-se acionista de 25% no negócio de Vale do Lobo.

Em maio de 2007, após meses de negociações que vinham desde o final do ano anterior, o governo de José Socrates aprovou em Conselho de Ministros as alterações no Plano de Ordenamento do território para o Algarve (PROTAL). É esta alteração que permite a construção de Vale do Lobo.

Em 2008 e 2009 foram feitas transferências de 12 milhões de euros das empresas de Hélder Bataglia para Joaquim Barroca, administrador do grupo Lena, empresa ligada à construção do resort (após a falência da Abrantina), que acabaram nas contas de Carlos Santos Silva na Suíça.

Em 2010, parte desse dinheiro junta-se aos 23 milhões que Santos Silva transferiu depois para Portugal ao abrigo do RERT II para regularizar a situação fiscal. A investigação acredita que o dinheiro era de José Sócrates.

No processo há ainda um enorme mistério:o pagamento de dois milhões de euros por parte de um holandês, Jeroen van Dooren, a Santos Silva, a propósito de um lote em Vale do Lobo, que ninguém consegue explicar.
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* Próxima pergunta amanhã à mesma hora.

** Um excelente trabalho dos jornalistas do "OBSERVADOR", a edição começou segunda 13/07/15.

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